Da Agência Brasil - A segurança no entorno do Palácio do Planalto é reforçada depois que cerca de 10 mil manifestantes estão concentrados no Congresso Nacional, a poucos metros da sede do Executivo.
Desde cedo, foram colocadas grades de proteção ao redor do Planalto e no começo da noite homens do Exército, da segurança do Planalto e do Batalhão da Guarda Presidencial se posicionaram em frente ao edifício.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), general José Elito Carvalho Siqueira, acompanha a movimentação e diz que o aumento da segurança na área externa do prédio tem “caráter preventivo” e que a preocupação é com “o patrimônio do Palácio do Planalto”.
O general não informou o tamanho do efetivo deslocado para reforçar a segurança da sede do Executivo.
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Neste momento, os manifestantes permanecem no Congresso Nacional. Parte do grupo subiu na marquise onde estão as cúpulas que abrigam os plenários do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Há manifestações semelhantes em todo o país. Com o mote “Não são apenas 0,20 centavos”, além de se posicionar contra o preço do transporte público, os protestos criticam a condução da política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras para as copas das Confederações e do Mundo de 2014.
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- Foto:Marcelo Casal Jr /Agência Brasil - |
Comando da Polícia Militar do Rio está reunido para analisar conflito na Alerj
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-Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia - |
A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro informou que o Estado-Maior da Polícia Militar está reunido avaliando a situação no centro da cidade, onde um grupo de manifestantes jogou coquetéis molotov na porta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), incendiaram um carro e fizeram fogueiras nas ruas próximas. Ainda não se tem informação de quem seria o veículo que estava estacionado em uma das vagas da Alerj.
A secretaria informou ainda que cinco policiais estão feridos dentro do prédio da Alerj. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, também acompanha toda a movimentação. Não há previsão, até o momento, de um pronunciamento do secretário e nem do governo do estado.
A manifestação começou pacífica na Candelária e seguiu em passeata até a Cinelândia sem registrar conflitos. De lá, um grupo partiu para a região da Assembleia Legislativa onde começou o ataque a policiais e a depredação do prédio público.
A manifestação contra o aumento das passagens do transporte público hoje (17), no centro da capital paulista, reuniu todo tipo de gente e prossegue pacificamente. Além dos estudantes, punks, e filiados a sindicatos e partidos políticos, também teve pessoas como Mariangela Nicolelis. Ela foi acompanhar os filhos de 20 e 24 anos. "Tem muito jovens, mas eu acho que as pessoas mais velhas precisam vir”, disse a agente socioambiental.
Manifestação em São Paulo prossegue pacificamente
O ato pacífico surpreendeu positivamente as pessoas que tinham participado das manifestações anteriores. A estudante de comunicação Maíra Moreno, que esteve nos outros quatro protestos, chegou a trazer uma máscara para se proteger das bombas de gás. Ela espera que, a partir de agora, as manifestações ganhem cada vez mais força.
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- Marcelo Camargo/ABr - |
“A minha esperança é que isso não morra, tem muita coisa para a gente fazer. Tinha que ter feito esse tipo de coisa”, disse a jovem, que se sentiu justiçada por ver uma manifestação ainda maior após os atos da repressão policial. “Senti justiçada por meio disso tudo. Eu apanhei e levei bomba na cara, mas compensou ver um negócio desse”, completou.
Caio Reinhard, estudante de design, disse que a sua presença no ato de hoje se deu porque a pauta de reivindicação se expandiu, além da redução da tarifa. “Agora, não é só por conta dos 20 centavos, é contra tudo de errado no nosso país”, disse o jovem que chegou a levar um kit de primeiros socorros.
A manifestação reúne mais de 30 mil pessoas segundo a Polícia Militar. Até o momento não foi registrado confrontos com a polícia e depredações.
Presidente do Congresso reconhece legitimidade de protestos
A manifestação na área externa do Palácio do Congresso Nacional levou o presidente do Poder Legislativo, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a divulgar nota à população em que reconhece a legitimidade das reivindicações. Renan diz no texto que deu ordens à Polícia Legislativa para que não use de “violência, mantendo apenas a ordem necessária”.
“O Congresso Nacional continuará aberto às vozes das ruas e recolherá todos os sentimentos das manifestações a fim de encaminhar soluções no que lhe couber, como não poderia ser diferente em um ambiente democrático”, diz a nota.
Enquanto isso, o presidente em exercício da Câmara e vice-presidente do Congresso, deputado André Vargas (PT-PR), está reunido com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Vargas também divulgou nota em que diz que está acompanhando do gabinete do governador todos os acontecimentos no Congresso e solicitou o reforço de força policial para evitar possível depredação do Palácio do Congresso Nacional.
“O presidente entende ser legítima toda a forma de manifestação democrática. No entanto, sua maior preocupação é garantir a segurança dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público”, diz a nota divulgada pela assessoria de comunicação da Câmara.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), bem como a maioria dos líderes partidários, está em viagem à Rússia. A assessoria de Henrique informou que ele está acompanhando toda a manifestação e está preocupado com a integridade dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio da Casa.
Neste momento, a maior parte dos manifestantes já se dispersou da frente do Congresso Nacional. No entanto, um grupo ainda permanece na chapelaria da Casa e em frente à entrada do Salão Nobre ameaçando invadir. Ao todo, 620 policiais militares, além da Polícia Legislativa, fazem a proteção das dependências do Parlamento.
Fonte: Agência Brasil de Notícias.
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