Mãe afirma que o pastor Marcos Pereira mandou matar sua filha.

Em depoimento à polícia, Amélia Pinheiro, mãe de Adelaide Nogueira dos Santos, de 25 anos, afirmou que foi o pastor Marcos Pereira que mandou executar sua filha. Na manhã de 30 de dezembro de 2006, o corpo de Adelaide foi encontrado no Rio Jacutinga, em Mesquita. Ela foi enforcada. Os três assassinos foram indiciados e, posteriormente, condenados pelo crime. A informação é do jornal "Extra".
(Foto: Luiz Ackermann / Extra)
De acordo com Amélia, sua filha, que havia rompido com a Assembleia de Deus dos Últimos Dias, queria denunciar as orgias organizadas pelo pastor no Instituto Vida Renovada, fazenda onde ele mantém um projeto de ressocialização de ex-detentos, em Nova Iguaçu. Entre os assassinos de Adelaide estão seu namorado à época, Marcelo Saint Clair dos Santos, e um sobrinho do pastor, Geferson Rodrigues dos Santos. Amélia afirma que o pastor convenceu o namorado de Adelaide de que ela estava grávida de outro homem. "O pastor usou o Marcelo para matá-la. Ela discutiu com o Marcos na frente de muita gente sobre os abusos sexuais e uso de dinheiro do tráfico. No dia seguinte, ela pediu um gravador emprestado e disse que queria denunciar o pastor. Ele fez a cabeça do Marcelo, dizendo que minha filha não prestava, e pediu para que seu sobrinho ajudasse" — conta.


Amélia afirma que, numa conversa com a filha em 2005, Adelaide disse ter testemunhado a entrega de dinheiro de traficantes a funcionários da igreja, em uma favela em São João de Meriti. Por esse motivo, lembra Amélia, sua filha deixou de ir à igreja. A jovem teria descoberto, pelo relato de amigas e por conversas com Marcelo, as orgias.

A mãe de Adelaide entregou a agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), em fevereiro, todos os cadernos da filha. Neles, Adelaide fazia anotações sobre o pastor. Uma testemunha vai depor ainda esta semana. O delegado Márcio Mendonça aguarda mais depoimentos para concluir o inquérito.

O pastor Marcos Pereira está preso sob acusação de ter estuprado duas fiéis. É investigado por outros 20 estupros, três mortes, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.

(*) As informações são do jornal Extra.

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