Zeca Pagodinho comemora 30 anos de carreira - "a vida é que foi me levando".


(Zeca Pagodinho | Foto Divulgação)
Zeca  Pagodinho completa 30 anos de carreira e comemora reproduzindo a capa do álbum da cantora Beth Carvalho (feita pelo artista plástico Elifas Andreato) lançado o DVD “Vida que segue”. O cantor concedeu entrevista ao jornal "Extra" e falou sobre sua vida.


Até hoje Zeca senti um frio na barriga antes do show: "Não imaginava nada para minha vida. Tinha vergonha, não me achava capaz. Ainda não me acho. Gravo pensando: “Isso não vai dar certo”. E acaba dando. A vida é que foi me levando. Só queria mesmo ouvir a minha música nas rádio na voz dos outros. Mas “Camarão que dorme...” foi uma porrada. (...) Para pisar no palco não sofro mais. Só não pode ser estreia, lançamento. Estreia é injeção, é sempre um inferno. Fico rouco, com febre, doente, achando que não vou conseguir cantar. Aliás, já tomei a minha injeção desse disco (mostra o braço esquerdo com o curativo). Agora só no outro álbum. Para esse já estou vacinado (risos)."

Pagodinho não se ilude com a fama: "eu tenho orgulho do que faço, mas não boto banca... Prefiro ser assim, de vez em quando visto um Armani. Mas gosto mesmo de camiseta, bermuda e chinelo. Ando de ônibus, van. Temos motorista, mas se vejo um amigo saindo de carro, pergunto para onde está indo. Todo mundo dá carona. Às vezes, paro no botequim, bebo, bebo, bebo e até que chega um amigo de carro e me leva para casa."

Na entrevista Zeca também falou sobre coisas que o deixa estressado: "calúnia, ingratidão, ver criança jogando bolinha no sinal, essa garotada se matando por causa de briga de torcida. Também me irrita ver meu país afundando em desgraças, uma roubalheira danada. Não rola uma passeata bacana pela saúde, educação, pelo desemprego. As pessoas só se revoltam com coisas banais, sem necessidade."

Antes de encerrar a entrevista, Zeca Pagodinho falou que seu maior sonho é a vida eterna: "vejo tantos amigos morrendo. Isso me deixa triste. Até porque vai chegar a minha hora. A Nana Caymmi disse no enterro do Emílio Santiago: “Está morrendo todo mundo, quando eu morrer não vai ter ninguém para ir no meu enterro”. Ela está certa. ( As informações são do jornal Extra).

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