"Fantástico": vacina do sapo é usada como remédio, mas pode matar.

(Foto: Divulgação| Fantástico-TV Globo)
O "Fantástico", da TV Globo, exibiu neste domingo, 28 de abril, a reportagem de Marcelo Canellas mostrando que uma substância extraída de um sapo da Amazônia está sendo usada como um suposto remédio pra várias doenças, mas na verdade pode até matar. “O kamboa é um depurativo da limpeza do sangue, da pele, corta tipo de diabetes, colesterol, problema de doenças infecciosas. Ele vai curando tudo”, explica o ambulante José de Sousa.

O repórter segue para um aldeamento dos índios marubos. Na mata, Marcello Canellas vê o sapo kambô, kampô ou kamboa, como é chamado dependendo da região da Amazônia, cujo nome científico é philomedusa bicolor.

Canellas mostra o pajé raspando levemente o corpo do animal para extrair o veneno. Ao fim da retirada, os índios devolvem o bicho à mata. A substância pastosa é colocada numa palheta de madeira. Os marubos tomam a vacina desde cedo. O pajé usa um pedaço de cipó incandescente para queimar a pele do garoto. Depois, aplica a secreção diretamente na queimadura. O veneno entra na corrente sanguínea e começa a agir. Sabendo que vai passar mal em poucos segundos, o garoto corre para a beira do rio. A irmã dele, Neidilene Marubo, tenta ajudá-lo. “Ele está se sentindo tonto. Sente a cabeça rodando e dá vontade de vomitar”, conta.

De acordo com o biólogo do Instituto Butantan de São Paulo Carlos Jared esclarece: “Vacina do sapo! Eu sempre falo: não tem outro nome de falar, mas é totalmente errado. Porque não é vacina. E também não é sapo”. O professor explica que o kampô é, na verdade, uma perereca. E que a secreção que ela libera é um veneno com centenas de componentes. “Você tem um monte de contraindicações que seriam as substâncias do caldeirão da bruxa, que é a glândula de veneno da perereca. Tem substância que causa vômito, que causa diarréia, e outras tantas substâncias, que é exatamente o problema, que não se conhece. Esse caldeirão da bruxa é muito pouco conhecido”.

Em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, a morte veio de verdade. “Chamaram o resgate e ele morreu lá mesmo. Quando o resgate chegou ele já estava morto”, lembra uma testemunha. O irmão deste homem morreu em 2008, minutos depois de receber a vacina. Quem aplicou foi um comerciante que trouxe uma palheta do Acre. “Diz que sarava colesterol, diabetes, até câncer. Na hora que ele teve a aplicação e começou a acelerar o batimento cardíaco dele”, conta.

Para a polícia de São Paulo, qualquer terapia que use a vacina do sapo está fora da lei. “Às vezes, para a população se vende assim: esse produto é natural, então eu posso tomar, isso não vai fazer mal para mim. E não é assim. Na natureza, essa substância tem uma função de veneno”, alerta o delegado Vicente Lagioto. (As informações são do Fantástico, da TV Globo). 

Agência Nacional de Vigilância Sanitária proíbe a 'vacina do sapo'. Leia também: População subestima a gravidade da dengue.

Comentários

  1. pra começar o fantastico não deveria nem mesmo por no ar esta matéria ja que o povo 99% é ignorante, tem certas pessoas que estão morrendo com canser e outras tantas doenças pessoas que estão frageis e que estão dispostasa gastar qualquer quantia de dinheiro e tomar qualquer coisa tambem veja bem o que um programa como o fantastico leva ao ar

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  2. Canser? Meu Deus o que e isso? Mais uma doenca.

    O rapaz ai tem toda razao, 99% do povo e ignorante.

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  3. ah Globo, asneiras ali tem!!! ... Bin Laden podia implodir essa porcaria antes de ter morrido!!

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