Renan Calheiros é eleito presidente do Senado Federal.

Da Agência Brasil -  Nesta sexta-feira, 01, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) volta à presidência do Senado. Ele foi eleito com 58 votos, contra 18 do senador Pedro Taques (PDT-MT). O  novo presidente disse que o Senado não será subalterno e prometeu ainda para breve novos critérios para a análise dos vetos presidenciais às propostas de lei aprovadas pelo Congresso.

"Embora eu seja filiado a um partido da base de apoio ao governo, o Senado Federal e o Congresso Nacional não são e nunca serão subalternos. A cooperação em prol de um Brasil melhor não implica subordinação", disse Renan. Ele acrescentou que “não é o fim do mundo” o Congresso derrubar um veto presidencial.

Renan Calheiros criticou medidas coercitivas à liberdade de imprensa adotadas por alguns países. O presidente do Senado evitou, no entanto, citar quais seriam essas nações. Para ele, os meios de comunicação devem ser independentes de tutelas do Estado ou da iniciativa privada. “O único controle tolerado é o controle remoto”, ironizou o senador, ao mesmo tempo que qualificou de “insubstituível” o trabalho da imprensa que não se “agacha”.

Roberto Gurgel, Procurador-geral da República, confirma acusações contra Renan Calheiros.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou hoje (1º) que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é acusado de ter praticado três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documento falso. O documento com as denúncias foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.
Segundo Gurgel, os delitos foram cometidos quando Calheiros usou a verba de representação de seu gabinete para fins não previstos em lei. “Ele comprovou isso com notas frias. O serviço, na verdade, não foi prestado, por isso caracteriza peculato”, explicou o procurador, após sessão de abertura do ano judiciário no STF.

Gurgel voltou a rejeitar a tese de que a denúncia teve motivação política e disse que o Ministério Público não pode ficar subordinado ao calendário político. O procurador acionou o STF uma semana antes da eleição para a presidência do Senado, marcada para hoje.

Manifestantes vão ao Senado com abaixo assinado contra a candidatura de Renan Calheiros. 

Integrantes de organizações não governamentais como Rio de Paz e Instituto de Fiscalização e Controle chegaram cedo ao Senado para entregar aos parlamentares mais de 290 mil assinaturas de uma petição, organizada pela internet, contra a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência da Casa. O grupo não pode entrar na Casa porque até o fim da sessão o acesso estará restrito a funcionários, pessoas credenciadas ou convidados que tenham um selo holográfico, distribuído pela Secretaria-Geral da mesa.

A petição pede o compromisso dos senadores com a eleição de um presidente ficha limpa. Na última sexta-feira (25), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Renan Calheiros por uso de notas fiscais frias para pagar pensão alimentícia. Segundo a denúncia, o pagamento era feito por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. O escândalo de corrupção fez com que o parlamentar alagoano renunciasse à presidência do Senado em 2007. No Supremo Tribunal Federal (STF), a denúncia vai ser avaliada pelo ministro Ricardo Lewandowski, sem prazo definido.

Momento Verdadeiro| Fonte Agência Brasil.

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