Ministro emite nota de repúdio após comentário no Facebook.

Será que algum dia vamos conseguir erradicar o racismo? Essa semana dois casos estão gerando grande repercussão na internet. O primeiro foi divulgado no portal "G1", um médico do Samu, que é negro, durante o trabalho ouviu uma professora dizer:  "negrinho metido a besta"  o caso foi registrado como suspeita de injuria racial na Bahia.

Nesta quinta-feira, 25 de outubro, segundo informações do site SRZD, a senhora Kenya Mayrink, empresária de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, gerou revolta em centenas de pessoas no Facebook após publicar o seguinte comentário: "#odeiocentrode qqcidade #odeioesselugar As vezes entendo o preconceito tem gente que devia permanecer no tronco ! Pessoas ignorantesssss ECA"(sic). 

Kenya também recebeu críticas por comentários postados abaixo da frase que gerou polêmica. Em resposta a uma delas, a jovem branca com terceiro grau completo disse não ter generalizado, mas que tem "pavor a ignorância" e que "infelizmente tem alguns negros que não podem mesmo ter nenhuma posição". 

"E todos nós sabemos disso! Não sejamos hipócritas!!!, finalizou. 

A reportagem do SRZD tentou entrar em contato com a internauta, mas não obteve resposta. Minutos depois da tentativa, o post foi apagado. 

Após tomar conhecimento do caso, o ex-ministro da Igualdade Racial e deputado federal Edson Santos (PT), emitiu uma nota de repúdio ao comentário da jovem. Ele reconheceu o avanço do diálogo sobre o tema no país, mas deixou claro que o racismo ainda há "um longo caminho pela frente" para resolver o problema. 
Ministro Edson Santos ( Foto reprodução internet) 
"Casos como esta postagem nas redes sociais demonstram o quanto o racismo está arraigado no inconsciente das pessoas, que ainda se surpreendem ao verem negros em posse de bens ou exercendo funções mais destacadas no mercado de trabalho e na sociedade. Então, apesar de todos os avanços, ainda temos um longo caminho pela frente até alcançarmos uma situação equilibrada em termos de relações raciais no Brasil, na qual estejamos livres da discriminação racial e exista mais respeito à diversidade", diz trecho da nota. 

Cabe lembrar que racismo é crime e prevê pena de até três anos de reclusão.


Momento Verdadeiro|*Com informações do portal "SRZD".


(Reprodução/ Facebook)

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