Mensalão: "não há elementos que permitam efetivamente avaliar as provas" diz jurista.
Miguel Reale Júnior |Foto reprodução TV Globo News. |
Os ministros do Supremo
Tribunal Federal julgam a “Ação Penal 470”, o processo ficou conhecido como “mensalão”.
O Ministério Público Federal é representado pelo procurador Roberto Gurgel que pede
a condenação dos réus, embora reconheça a carência de provas documentais, tem como coluna de sustentação as provas testemunhais. Já a defesa tenta
convencer que o “mensalão” nunca existiu por ausência de provas documentais.
Quem acompanha o caso vê muita
dificuldade no momento para acusação (ausência de provas materiais), e para
defesa que precisa ser convincente para absolver seus clientes.
O ex-ministro da Justiça,
Miguel Reale Júnior, comentou durante entrevista concedida a “Globo News” que a
grande dificuldade é o público que está assistindo o julgamento da Ação Penal 470.
“A
grande dificuldade é o público que está assistindo a transmissão desse
julgamento. São manifestações sintéticas. Existem provas consistentes em
perícias, laudos do Banco Central, provas testemunhais, elementos que vem da “CPI
dos Correios”... são muitos elementos. Acho que a dificuldade é o público
conseguir fazer uma correta avaliação, não há elementos que permitam efetivamente
avaliar as provas.” Disse Miguel Reale.
Na prática: “apenas dizer que
não existem provas não é suficiente”.
Vamos aguardar a conclusão do
STF.
Por: Washington Luiz | Com
informações da “Globo News”.
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