"Tive a infelicidade de ser filmado", diz prefeito sobre encontro com Cachoeira.
Da Agência Brasil - Ao falar hoje (10) sobre o vídeo no qual aparece oferecendo vantagens ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, o prefeito de Palmas, Raul Filho, disse que errou e que teve a "infelicidade de ser filmado" no encontro.
Raul Filho prestou o depoimento hoje (10) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Além de negar irregularidades, entregou documento colocando seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição das investigações.
Outro interlocutor de Cachoeira no vídeo é Sílvio Roberto, amigo e assessor de Raul Filho. Ele aparece falando sobre uma "aposentadoria" para ele e para o prefeito e informando ao empresário que não receberia diretamente dinheiro de doações para a campanha.
"Sílvio Roberto é meu amigo e é um empolgado pela construção de um Estado de Direito no Tocantins", disse o prefeito. “Se ele errou, não vai deixar de ser meu amigo. Infelizmente ele errou. Eu também errei", disse o prefeito.
Raul Filho disse que foi ao encontro com Cachoeira para pedir recursos para campanha, sem saber o ramo de atividade do empresário. Também negou ter beneficiado, após sua vitória nas urnas, a empresa Delta Construções, suspeita de fazer parte do esquema criminoso atribuído pela Polícia Federal ao empresário.
O prefeito admitiu que, durante a sua administração, a empresa Delta pegou empréstimos bancários no BMG que foram pagos pela prefeitura. "Nós tivemos um momento em que não tivemos como pagar as faturas da empresa. Ela pegou empréstimos e nós pagamos", disse o prefeito. Esses empréstimos, segundo ele, foram feitos pela prefeitura a título de antecipação de créditos da empresa.
Durante o depoimento de Raul Filho, o secretário de Desenvolvimento Social de Palmas, Robledo D'Montalverde da Silva Suarte, interrompeu a fala do deputado Rubens Bueno (PPS-PR) no momento em que ele questionava o prefeito. O secretário acabou sendo retirado do plenário da CPMI pela Polícia Legislativa do Senado.
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