Professores universitários continuam greve e Governo diz que não tem como melhorar proposta.


Da Agência Brasil - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (17) que não há margem orçamentária para melhorar a proposta de reestruturação da carreira dos professores, apresentada na última semana, depois de reunião com reitores das universidades federais. A categoria está parada há dois meses e o comando de greve avaliou a proposta do governo como insatisfatória.
De acordo com o ministro, no cenário de crise financeira internacional, a prioridade do governo é manter o crescimento da economia para evitar o desemprego. “A proposta apresentada pelo governo é quase R$ 4 bilhões [de recursos para custear o plano até 2014]. No momento, em função da crise internacional, a prioridade do governo é usar essa capacidade fiscal para o Brasil crescer e manter o emprego de quem não tem estabilidade”.
O ministro disse também que existem outras categorias que precisam ser atendidas e argumentou que os professores das universidades foram os primeiros servidores federais que receberam do governo proposta de novo plano de carreira.
Os reitores fizeram um apelo ao ministro para que também fosse encaminhada a negociação com os técnicos-administrativos das universidades federais, que também estão em greve. Mercadante disse que espera que a situação com os professores seja resolvida logo para que o ministério possa “se dedicar intensamente em buscar uma solução para os técnicos”.
O conceito da nova proposta de carreira para os professores, segundo Mercadante, é a valorização dos docentes que têm regime de dedicação exclusiva e doutorado. Segundo ele, 87% dos docentes já trabalham com dedicação exclusiva e dois terços têm título de doutor.
“O plano valoriza os professores com doutorado e a dedicação exclusiva que são aqueles que realmente têm compromisso com a universidade. É isso que vai fazer a universidade brasileira ser de excelência. A proposta fortalece essa concepção e disso nós não vamos abrir mão”.
Um dos pontos da proposta apresentada aos professores que foi criticada pelo sindicato da categoria é o fato de que a projeção de reajuste apresentada pelo governo não teria levado em conta a projeção da inflação para os próximos anos. Com isso, o ganho real seria muito reduzido. Mercadante disse que haverá ganho real de salário e que a projeção de inflação do sindicato está muito acima das metas projetadas para os próximos anos.
Durante todas essa semana, os professores das instituições em greve se reunirão em assembleias para avaliar a proposta apresentada pelo governo. Na próxima segunda-feira (23) está marcada uma nova reunião de representantes sindicais com o Ministério do Planejamento para apresentar os resultados dessas assembleias e reivindicações de mudanças no plano.

Comentários

  1. essa proposta do Governo Federal e uma farsa. Onde os professores serão prejudicados nao agora mais depois, sabe pq? quando o Governo Federal divulga que concederá reajuste de 45% ele não leva em conta a inflação projetada deste ano até 2015. e o governo ainda usa os meios de comunicação para iludir os proprios professores e tambem a sociedade. Chega Sr Aloizio Mercadante!!!

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  2. Os professores universitários no alto da carreira, na ativa ou aposentados, receberão, mais do que um doutor nos Estados Unidos, Austrália, Israel e Reino Unido. Esses salários não terão nada haver com as mudanças tão necessárias na qualidade do ensino, pois o Brasil ocupa uma das péssimas posições no ranking das melhores universidades do mundo. Apenas a USP aparece entre as 100 mais bem colocadas, mas mesmo assim, bem abaixo . Seria importante que o governo acrescentasse a meritocracia aos professores, ou seja, para fazerm jus aos salárias, deveria-se levar em conta artigos publicados, patentes registradas, , palestras em eventos científicos, frequência e pontualidade etc. Seria justo um doutor grevista, que aproveita a greve para suas viagens e passeios, ganhar o mesmo que um doutor que tem méritos em laboratórios? As universidades federais recebem mais de 70% do orçamento de Educação no Brasil vai para as universidades federais. Mais de 90% do que as universidades recebem é para pagar professores e funcionários. Nos outros países, há resultados e por isso as universidades ganham investimentos para financiar pesquisa. A greve não atinge o governo. Ela só tem prejudicado os alunos, que serviram de escudo. As greves são insanas e obsoletas no século 21, pois, por exemplo, a internet tem mais força que qualquer greve em nossos dias. A greve dos professores não atinge o governo, mas sim ao aluno, que fica impossibilitado de estudar e desenvolver seus planos, projetos e produção de conhecimento nas universidades federais. A opinião pública está dividida e não é suficiente para dar ordens ao governo sobre se negocia ou não, pois se em outras épocas a opinião pública fosse totalmente contra o governo, todas as vezes que houvesse greve de professores, haveria aumentos satisfatórios e sem reclamações posteriores. Usar a greve para reivindicar é no mínimo abusivo e insano, pois somente pune o aluno e não consegue resultados satisfatórios. Existem outros modos de se reivindicar, sem interromper as instituições de ensino tão importantes para o desenvolvimento do país. Deste modo vemos a insensibilidade do professor com seus alunos, que acabam se decepcionando com quem fez seu juramento um dia e pedia confiança à sociedade. Prejudicar a educação de muitos também era um pensamento do ditador Hittler. Nunca se sabe os próximos passos que os grevistas farão para prejudicar seus alunos em prol do próprio bolso. Valorizar a educação através de greve, prejudicando os acadêmicos mostra que as reivindicações estão disfarçadas, ou seja, utilizam o argumento de que as reivindicações também beneficiariam os alunos, para ganharem a simpatia dos prejudicados. Iscas são assim, enganam o peixe. Assim, com a greve o aluno é o refém, enquanto o ameaçador diz que o melhor benefício é para o refém. As falácias têm sido usadas em um jogo sujo, que parte de gente que se diz educadora, partindo o coração do estudante!

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