Esposa e sogra uma união que raramente dá certo.


A dura realidade que nasceu de uma utopia.

Capítulo 14Ufá! Tudo arrumado.

Leia o livro na íntegra:
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-   Caramba! suamos, mas amanhã bem cedinho partiremos.
-   Vou sair de casa  às 5h assim peço ao Hugo meu camarada  jornalheiro, para trazer-nos e aproveito  sua carona, verifique a lona e feixe o carro direito valeu.
-   Valeu.
-
  A noite estava estrelada, uma bela lua minguante,  o que indicaria um belo alvorecer. Tudo corria bem, porém Nilson não conseguiu fechar os olhos ansioso, somente pensava.
Será que estou tomando a decisão correta...0h, 1h, 2h ... 5h, Não dormiu um minuto, seus olhos rublos denunciavam sua inquietação, Paulo e o Sr Acir chegaram exatamente conforme o combinado.

-   Acorda, vamos Jussara traga-me a garrafa de café?
-   Bom dia.
-   Tome café conosco, vocês não querem pão?
-   Comemos na estrada vamos.
-   Então, deixe-me despedir de minha mãe e irmãos.
-
   
Neste momento observei que de seus olhos transbordavam lágrimas, então tratei de acariciá-la com tamanha intensidade, pois melhor que ninguém sabia o quanto era difícil despedir-se da mãe, e de repente lembrei-me de minha partida. (ver capítuloII).

Sr Acir falou:

-  Vamos daqui á 5h quero rever o índio goytacá, com seu arco esticado e sua flecha apontada ... será que conservaram aquela bela estátua,  há vinte cinco anos era o símbolo da Cidade, tomará que a modernização não tenha destruído esse  monumento.
- Certamente, lá estará linda e rústica como sempre. Redargüiu Nilson na tentativa de interromper o clima.
  Viajam com tranqüilidade, o sol aponta no horizonte produzindo cenário perfeito, a mãe natureza desperta sua formosura com o aljôfar matinal  encobrindo a vegetação. Tudo colaborava para uma boa jornada até que: subitamente  foram surpreendidos com um problema no motor.
Exclamou Sr Acir:
- Estranho! A luz vermelha que indica o aquecimento do motor acende, Ué! Por acaso não esquecemos de verificar o óleo do motor?
- Não Nilson, eu mesmo fiz a revisão.
-   É conveniente pararmos, enquanto aguardamos o motor esfriar. Depois procuraremos um posto, e lá com calma resolveremos este impedimento.
-   Perfeito, o Senhor tem razão.

Então ali permaneceram por aproximadamente 1h30m, tempo suficiente para o motor resfriar. Averiguaram superficialmente se havia muitos danos, só constataram o baixo nível do óleo. E o Sr Acir disse:

-   É provável que seja a cebolinha do óleo ( peça do motor responsável por detectar o nível de óleo do motor) queimada.
-   Será?
-   Vai ver queimou.
-   É provável.
-
Chegaram ao posto, onde Sr Acir tratou de comprar óleo. Completou o nível e falou:
-   Vamos devagar é preciso encontrar uma oficina.
-   Tudo bem, perguntei ao frentista se tinha uma oficina perto, ele disse que daqui a uns 40km, teria. O importante é não correr, conforme o dito: “devagar também é pressa.”
-   Belo senso de humor, Nilson.
-   Desculpe-me Sr Acir. Juro, longe de mim ironizar, ao contrário espero resolvermos logo este lapso.
-   Tá legal, vai dar tudo certo.

Gastaram mais tempo, pois tinham que ir bem devagar, ao invés de 40 andaram 80km,
nada encontraram, a estrada era um deserto só, essa hora o sol estava forte e a fome deixava-os desanimados de repente, bradou Nilson:

-   Olhe ali ! É uma oficina ou será uma ilusão?
-   Respondeu  Paulo, não é  miragem ! é real !
-   Boa tarde, Senhor... falou Sr Acir.
-   Boa tarde. Em que posso  ajudá-lo?
-   Sim, parece que a cebolinha queimou, pois a temperatura sobe rápido e está vazando muito óleo.
-   Deixe esfriar, olharei para o Senhor.
-
   Foi sorte encontrarem aquele recinto ali, a estrada é muito traiçoeira e Deus nos livre de ficarmos no acostamento.
Sugeriu Nilson vamos almoçar, pois já é tarde e até agora nem café bebemos.
- Tá certo, saco vazio não para em pé, disse: Sr Acir, Paulo, Jussara... vamos almoçar...
 Regressaram do almoço, o mecânico falou:
-   Senhor, seu problema não era a cebolinha, e sim o radiador de óleo que estava faltando um parafuso.
-   Será que não caiu na estrada?
-   Impossível, é uma peça interna, houve imprudência de quem fez a ultima revisão.
-   Você poderá resolver?
-   Talvez, quando acontece isso as vezes afeta os Tuchos  ( peça responsável pelo funcionamento do motor), vamos torcer para que não. Vou substituir esse parafuso, fazer um reaperto geral e depois trocaremos o óleo.
-   Se precisar de ajuda, conte comigo.

Depois de 2h e 30m...

-   pronto disse o mecânico.
-   Ligue o carro.

  Ligaram o carro e BUM!BUM!.. Estourou!?

-   O quê houve?
-   Não falei com o Senhor, danificou os tuchos.
-   E agora o que faremos?
-   O Senhor terá que refazer a máquina.
-   Já sei retificar o motor.
-   Exatamente.
-   Nilson não se preocupe, está escurecendo,  pegue sua esposa e o Paulo, negociaremos com aquele caminhoneiro que estava no restaurante e solicitaremos um auxílio, para que leve sua mudança até Campos.
-   Não podemos abandoná-lo.
-   Preste atenção, amanhã bem cedo resolverei meu problema, não havendo razão para apreensão, ok!
-   Pai ficarei com Senhor.
-   Tudo bem.
-   Até logo, Nilson e Jussara.
-   Até mais grande amigo.
   Em fim não demorou muito para que chegassem á casa da mãe de Nilson, descarregaram toda mudança.
   A casa grande, possuía 4 quartos ambos com duas janelas, 2 salas, 1 cozinha imensa onde colocaram seu fogão e geladeira sem problemas. É, realmente parecia o ambiente propício para juntos desfrutar da felicidade familiar.
  Porém no inicio tudo é flores, depois aparecem os espinhos. Nilson fatalmente teria em breve a maior dor de cabeça que pudesse imaginar. Esposa e sogra, parece carma. Nunca deu certo essa união ou bem, quase nunca...

Autor: Washington Luiz.

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