Jornalista relata situação constrangedora na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes.
Polêmica na Casa de Leis - Segundo informações da
jornalista Márcia Lemos depois que foi instalado duas cancelas automáticas na Câmara
Municipal de Campos dos Goytacazes para controlar o fluxo de veículos (hoje
restrito aos vereadores, dois assessores de vereadores e funcionários do Legislativo), alguns
fatos tem gerado transtornos.
Márcia relatou que na última segunda-feira (14),
o caso acabou lhe atingindo. -“Eu tentei entrar, mas havia um carro na frente.
Por mais de 20 minutos, eu fiquei na subida da rampa usando a embreagem e o
acelerador para o carro não descer, pois justamente quem apareceu atrás de mim
foi o carro do diretor do Legislativo. Nervosa e sem saber o que fazer, eu
puxei o freio de mão e sai do carro e fui até o veículo da frente e passei meu
cartão liberando a passagem, achando que estava praticando uma boa ação, que na
verdade eu estava, aos olhos de Deus.”
Continua – “Acontece, que o cartão só pode ser passado uma única vez e eu
fiquei com o carro preso. Foi preciso o diretor sair com o seu veículo para eu
poder retirar o meu que, por azar, parou de funcionar as marchas, devido à
quantidade de tempo que fiquei acionando a embreagem e o acelerador. O carro
desceu sozinho, com cheiro de queimado e teve que ficar fora do estacionamento.
O carro, causador de todo o problema é do irmão e motorista do presidente do
Sindicato dos Servidores da PMC, Sérgio
Almeida. Eu fui até o carro e pedi ao motorista que fosse conversar
com o diretor. Sérgio Almeida disse que não, pois “diretor não manda em nada
aqui. Quem manda é o vereador” e conseguiu sair do estacionamento ameaçando o
segurança que ligaria para um vereador, muito amigo seu, para liberar sua
passagem. O segurança, temeroso, tirou a corrente e deixou o carro passar.”
Márcia disse que tentou dialogar – “Fui
conversar com o diretor e fui orientada de que não se pode fazer esse tipo de
coisa, pois se ele não tem cartão, que peça ao vereador. Eu fui orientada ir
até a saída, passar o cartão para que nesta terça-feira eu tenha acesso ao
estacionamento. Eu contei tudo que Sérgio Almeida falou ao diretor e ele disse
que queria falar com ele.”
Ainda segundo a jornalista – “Eu
liguei para o celular de Sérgio Almeida e avisei que o diretor precisava
conversar com ele. Agressivamente ele respondeu que o diretor não manda em nada
na câmara, que é cargo temporário e me mandou para O INFERNO.”
(Foto reprodução - Facebook de Márcia Lemos) |
Indignação da servidora – “Há 18 anos trabalhando na Câmara,
eu nunca foi ofendida, muito menos mandada para o inferno, por uma pessoa que
nem trabalha lá e que disse ter acesso livre. “Entro e saio na hora que quiser.
Quero ver quem vai me impedir”.
Nem meus pais nunca me mandaram para
o inferno. Terei que comprar um kit de embreagem que custa mais de R$ 200,00 e
o meu carro ainda teve que ser rebocado no mercado municipal, em pleno
movimento das 18 hs.
Eu fico querendo imaginar como uma
pessoa de pavio tão curto, grosseira, prepotente, ignorante, sem preparo nenhum
pode ser presidente de alguma coisa? Saber que ele representa os servidores da
Prefeitura de Campos é demais. Como uma pessoa desqualificada como esse sujeito
pode falar em nome de alguém, se nem mesmo em seu nome consegue falar o que
quer. Não seria mais fácil ter pedido desculpas, do que ter ofendido a mim e o
diretor?
Dar uma carteirada no segurança para
ele abrir a corrente, que tem acesso na hora que quiser e que ninguém manda
nele. Agora me pergunto: fiquei sem carro no intuito de ajudar o próximo,
exercendo uma boa cidadania, como explica nos livros das auto-escolas. Fiquei
sem embreagem e com o prejuízo e ainda fui mandada para o inferno. Deve ser por
que algum parente dele foi pra lá e ele quer saber notícias.”
As informações são do Blog da Marcinha.
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