Governo do Rio deve disponibilizar 5 milhões para "Igreja Católica" gastar em evento.

Todos sabem que a Igreja Católica é detentora de uma riqueza inestimável,  com tudo isso ainda seria mesmo necessário usar verbas públicas para financiar megaevento católico? Se dependesse de boa parte da opinião pública, não.

(Reprodução)
Jornada Mundial da Juventude acontecerá no Rio de Janeiro em 2013. O Papa Bento XVI participará do evento. Estarão à disposição da Igreja Católica, cinco milhões de reais dos cofres públicos do governo do Rio de Janeiro para o ano que vem, segundo informou o jornalista Lauro Jardim. Esta verba vem de uma emenda da deputada estadual Myriam Rios, adepta da Renovação Carismática da Igreja Católica.

A Jornada Mundial da Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II em 1985, e consiste numa reunião de centenas de milhares de pessoas católicas, sobretudo jovens. 
Momento Verdadeiro.

Comentários

  1. Enquanto isso os corredores dos hospitais do Rio continuam lotados de macas com pacientes à espera de um leito.Quero ver o Alecssandre Queixudo Garcia e demais 'colonistas' aparecerem para questionar o mau uso do dinheiro público nesse encontro religioso.Quero ver o Alvaro Dias,Demóstenes,Agripino,ACM Neto serem entrevistados para condenar essa iniciativa da Miriam Rios.Ridícula a atitude dessa celebridade que é atendida pelo sistema de saúde particular e que não lembrou dos milhares de pacientes que sofrem nas filas dos hospitais.Êta mundo cão!

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  2. ISSO É LAMENTÁVEL, ALEM DE VERGONHOSO. DESTA FORMA PERCEBE-SE QUE O GOVERNO É TENDENCIOSO. SERÁ QUE O GOVERNO TERIA ESTA CORAGEM SE O EVENTO FOSSE EVANGÉLICO? SERÁ QUE SE FOSSE PRA ORGANIZAÇÃO DO CANTA RIO CHOVERIA TANTA DINHEIRO? SERÁ QUE SE FOSSE PRA MANTER OS PROJETOS DAS IGREJAS EVANGÉLICAS DO RIO, ELE DISPONIBILIZARIA TANTA GRANA? E OLHA QUE ESTAS IGREJAS JÁ MOSTRARAM QUE FAZEM UM TRABALHO MUITO BONITO TIRANDO JOVENS DO CRIME AÍ NO RIO, E NÃO SOU EU QUEM DISSE ISSO, ISSO FOI MOSTRADO NAS REPORTAGENS QUE A GLOBO FEZ A MESES ATRÁS,O GOVERNO DO RIO DEVERIA OLHAR COM AMOR PRA TODAS AS RELIGIÕES E NÃO APENAS PRA UMA, SER TENDENCIOSO ALÉM DE VERGONHOSO É IMORAL.O RIO E SÃO PAULO SÃO O ESPELHO DO BRASIL, O RIO NÃO É APENAS UM ESTADO, O RIO DE JANEIRO É O ESTADO QUE REPRESENTA O BRASIL. VALDIMAR LOPES DA SILVA XINGUARA-PA

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  3. ABSURDO!

    SE A dePUTAda MIRIA RIOS QUER FINANCIAR TAL EVENTO,POR QUE ELA NÃO TIRA DO PROPIO BOLSO.EU NÃO TENHO QUE SER OBRIGADO A DAR MEU DINHEIRO NISSO.ESTOU PRECISANDO DO SUS E NÃO TEM MEDICOS E NEM ENFERMEIROS SUFICIENTES PARA ME DAREM UMA ASSISTENCIA MEDICA DIGNA.BANDO DE SAFADOS SÓ PENSAM NOS VOTOS E NO LUCRO QUE ESSE TIPO DE EVENTO VAI GERAR.ODEIO OS POLITICOS BRASILEIROS.

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  4. O regime comunista polonês orgulhava-se de ter criado, com Nowa Huta - distrito operário próximo a Cracóvia planejado como modelo de sociedade marxista -, a "primeira cidade sem Deus" da Polônia. Na verdade, era apenas uma cidade sem igreja. Sem o prédio de uma igreja. Por isso os operários levados para povoar Nowa Huta ergueram uma simples cruz de madeira no meio da cidade. E se revezavam montando guarda a essa cruz, enquanto esperavam que sua cidade se tornasse uma paróquia.
    Em 1963, o jovem bispo de Cracóvia decidiu aumentar a pressão sobre o governo comunista para que finalmente fosse permitido aos católicos de Nowa Huta erguer sua igreja. Na noite de Natal, debaixo de chuva e sob temperaturas negativas, Karol Wojtyla rezou a missa do galo em Nowa Huta pela primeira vez. Muito antes da queda do comunismo na Polônia, Nowa Huta ganhou sua igreja. Para o então futuro papa ficou uma lição que ele levaria para o seu pontificado de mais de 25 anos: a Igreja não é um edifício. Também não é a hierarquia sozinha. A Igreja é a presença dos fiéis cristãos. Onde quer que eles estejam, ali estará a Igreja. Mesmo que seja em torno de uma simples cruz de madeira em Nowa Huta. E foi confiando nisso que João Paulo II pôs a Igreja de volta no centro da discussão dos destinos da humanidade no final do século 20.
    Uma cruz igualmente simples e profundamente simbólica está no Brasil. Ela é uma criação de João Paulo II e, de certa forma, é filha direta da cruz de Nowa Huta. Trata-se da Cruz dos Jovens, que iniciou em São Paulo, no domingo, dia 18, uma grande peregrinação por dioceses da América do Sul a caminho do Rio de Janeiro, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Há quem veja, mesmo dentro da Igreja, as Jornadas Mundiais como pouco mais do que uma celebração. Ou uma ótima oportunidade de "evangelizar os jovens", como gosta de dizer parte do clero. Uma espécie de grupo de jovens da paróquia em larga escala. Mas é muito mais do que isso.
    Falando da última Jornada, realizada em agosto na Espanha, o papa Bento XVI disse: "A Jornada Mundial de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para Madri e para o mundo". Manifestação, aqui, em sentido forte. Manifestação como a categoria a que pertencem, por exemplo, os movimentos pacíficos que derrubaram as ditaduras do Egito e da Tunísia na "primavera árabe" deste ano. Manifestação da força e do peso de um grupo que comunga uma determinada visão sobre o mundo.
    Milhões de jovens - em Madri havia entre 1,5 milhão e 2,3 milhões na missa final do papa, segundo diferentes cálculos - reivindicam, nas Jornadas Mundiais da Juventude, o direito de ver sua fé católica como parte da esfera pública, como parte, portanto, do debate público sobre os destinos da humanidade. Gente jovem que estará aí por muitos anos ainda e quer ser vista publicamente como católica. Mesmo numa Europa extremamente secularizada. Mesmo na capital de uma Espanha governada pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que fez da defesa de um secularismo imposto pelo Estado a marca do início de seu mandato, sete anos atrás. Manifestação, portanto - visível na alegria com que os milhões de jovens tomaram as ruas de Madri, por exemplo -, da vitalidade que a Igreja Católica, cuja desaparição vem sendo anunciada pelo menos desde o século 16, mostra no século 21.

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  5. Não há nada nem ninguém no mundo, além da Igreja e do papa, que consiga reunir o tipo de multidão que a Jornada Mundial da Juventude reúne. É um evento maior do que a Copa do Mundo de Futebol, do que os Jogos Olímpicos, do que qualquer festival de música. Esses jovens mostram uma impressionante diversidade: eles vêm do mundo inteiro - em Madri havia gente de 193 países -, são leigos, religiosos, sacerdotes, membros de todo tipo de grupo ou movimento católico. Todos se reconhecem, no entanto, membros da mesma Igreja e querem manifestar nas Jornadas sua adesão ao ideário que formou o Ocidente e, daí, se espalhou e formou o mundo moderno. Ideário que esses milhões de jovens acreditam ter o direito de defender na esfera pública, e não apenas como uma escolha pessoal que nada tem que ver com o destino comum de todos.
    A ideia da Jornada Mundial da Juventude começou a se delinear na mente do beato João Paulo II ao fim do Ano Santo de 1984. A grande cruz de madeira que ficou durante todo o ano na Basílica de São Pedro foi confiada aos jovens por ele. A tarefa, disse João Paulo II, era "levá-la para todo o mundo". Ainda não estava claro o que isso viria a significar. Os jovens levaram cruz a eventos católicos e, aos poucos, ela foi ganhando importância como símbolo. Até que o papa enviou os jovens, com sua cruz, para Praga, então parte da Checoslováquia ainda sob domínio comunista, de onde era arcebispo o cardeal Tomasek, preso pelo regime comunista nos anos 1950.
    Aí, com a Cruz dos Jovens no mesmo papel da cruz de Nowa Huta, nasceu a ideia das Jornadas Mundiais da Juventude. A simples, mas eloquente, cruz de madeira seria levada pelos jovens, com a audácia e a coragem típicas da idade, a qualquer lugar do mundo. Mesmo onde não a quisessem. Fosse uma cidade além da Cortina de Ferro, como Praga, fosse para capitais de uma Europa pós-cristã, como Paris.
    No pontificado de Bento XVI, o comunismo - a mais duradoura e das sanguinárias experiências de engenharia social que marcaram o catastrófico século 20 - já é um monstro derrotado. O perigo, aponta o papa, é o relativismo moral que aceita apenas o cálculo de satisfações como critério e insiste em usar o poder do Estado para manter a visão religiosa dos cidadãos fora do debate público. Esse é o sentido profundo das Jornadas Mundiais da Juventude. É preciso levar a sério a análise do papa de que os jovens são os protagonistas da Jornada. Elas não servem para os padres e bispos evangelizarem os jovens. Elas servem, isso sim, para os jovens evangelizarem o mundo.

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  6. Olá dona Miriam Rios, sou de Recife PE, fiquei revoltado em saber de tal notícia e fico imaginando o que os cariocas estão sentindo nesse momento, pessoas essas que deram seus votos para a senhora na esperança de ter projetos benéficos em sua cidade. crendo que a senhora seria a pessoa certa, aí vem a senhora com essa Emenda previlegiando quem não precisa, pois a Igreja Católica tem dinheiro o suficiente para financiar tal evento. Por isso tenha vergonha na " cara " e procure fazer a coisa certa em prol do povo que lhe elegeu.
    Não seja igual a tantos políticos corúptos que temos no nosso país.

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