Padre defende os homossexuais e diz que o Vaticano poderá reconhecer os direitos decorrentes da convivência homossexual.
Relacionamento homoafetivo |
Teólogo defende o reconhecimento dos direitos dos homossexuais. O padre Luís Corrêa Lima, professor do Departamento de Teologia da PUC disse durante entrevista ao jornal O Globo que o Brasil não está longe da questão do batismo de crianças criadas por casal homoafetivo. O padre é responsável pelo Grupo de Pesquisa Diversidade Sexual, Cidadania e Religião da PUC, formado por professores e alunos de teologia, psicologia e pedagogia.
O professor disse que não encontra resistência da igreja Católica no Brasil por conviver no meio acadêmico onde a liberdade é fundamental para produção do conhecimento.
Sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à união homoafetiva. O padre destacou que a pontos positivos. Disse ainda que ao contrário do senso comum, existem elementos de convergência entre a decisão do STF e a doutrina da Igreja e neste sentido o Vaticano afirma que se podem reconhecer direitos decorrentes da convivência homossexual.
Quando perguntado sobre o casamento dos homossexuais, o padre ressaltou que o casamento religioso está fortemente enraizado na tradição judaico-cristã, que desde os tempos bíblicos é heterossexual, mas em países escandinavos e em regiões onde as uniões homoafetivas são comuns, igrejas como a Anglicana e Luterana realizam bênçãos para estes conviventes. Embora ache difícil quebrar esses paradigmas, o padre reconhece que os conceitos podem mudar um dia.
Como a igreja Católica tem por principio batizar crianças, e com a regularização da união homoafetiva o número de crianças adotadas irá aumentar, a “homopaternidade” como é tratada pela igreja não deverá interferir no batismo das crianças. Para finalizar padre Luís disse: “No Brasil não estamos muito longe desta questão e convém considerar o que for melhor para criança.”
O que a Bíblia Sagrada diz: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gen. 1:24)
Por: Washington Luiz
Graduando em Teologia.
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