Risco de motociclista morrer no trânsito é 14 vezes maior que o de um ocupante de automóvel revela estudo do Instituto Sangari.
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A popularização e o crescimento da frota de motocicletas nas ruas em dez anos elevaram o número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito para 754%. De acordo com complemento do estudo Mapa da Violência 2011, divulgado hoje (13) pelo Instituto Sangari, em 1998 foram 67,8 mortes por 100 mil motocicletas. Em 2008, esse número subiu para 87,6 mortes. Aponta o pesquisador responsável pelo estudo, Julio Jacobo.
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O estudo mostra que 369% desse crescimento devem-se ao aumento drástico da frota de motocicletas. “Há 30 anos, as motos representavam uma parcela praticamente insignificante do total de veículos. Era visto como um artigo de luxo e era inacessível à população. A partir da década de 1990, houve a popularização das motocicletas.” Segundo Jacobo, a instalação de indústrias de ciclomotores no país e os fortes incentivos fiscais fizeram da motocicleta uma saída para as pessoas que não podiam comprar um automóvel. “Com o incentivo do governo, começou-se a reduzir o custo da motocicleta e da manutenção. Foi uma maneira de substituir um transporte público, muito problemático, e driblar os problemas do trânsito urbano.”
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“O risco de um motociclista morrer no trânsito é 14 vezes maior que o de um ocupante de automóvel. Se essa tendência continuar, em 2015 a morte de motociclistas no trânsito vai superar os índices de todos os outros veículos juntos”, afirmou Jacobo.
A pesquisa também indica que o processo inverso ocorreu com os automóveis. A frota aumentou 88%, e as vítimas de acidentes com automóvel, 57%. Entre 1998 e 2008, o número de vítimas de automóvel oscilou de um mínimo de 32,5 em 2008 a um máximo de 41,5 em 1999, com média decenal de 38 mortes por grupo de cada 100 mil automóveis registrados.A pesquisa Mapa da Violência 2011, divulgada em fevereiro pelo Ministério da Justiça, apontou o aumento dos índices de homicídio no país. As informações complementares apresentada hoje (13) são referentes às taxas relativas a acidentes de trânsito.
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