Turnowski é indiciado pelo crime de violação de sigilo funcional.

Reprodução - Após três horas de depoimento policial é indiciado.

Rio de Janeiro - O ex-chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski foi indiciado ontem à noite pelo delegado federal Alan Dias, responsável pelo inquérito da Operação Guilhotina, desencadeada na quinta-feira passada (10), pela Polícia Federal. 

Turnowski foi indiciado pelo crime de violação de sigilo funcional, após prestar depoimento por mais de três horas na Superintendência  da Polícia Federal. A pena em caso de condenação é de dois a seis anos de prisão.

Segundo a denúncia, o ex-chefe de Polícia Civil teria vazado informações de uma investigação contra um agente da polícia civil que vinha sendo investigado pela Polícia Federal.

Turnowski teria telefonado para o policial avisando da investigação e essa ligação teria sido gravada com autorização da Justiça. O agente é um dos presos na operação da semana passada.

A Operação Guilhotina teve a finalidade de desarticular um grupo de policiais civis e militares do Rio, envolvidos com o desvio de armas e drogas apreendidas em operações, extorsão contra traficantes e participação em grupos de milícias.

 Dos 38 presos na operação, 30 eram policiais civis e militares. Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe Operacional da Polícia Civil, indicado por Allan Turnowski.

Esta foi à segunda vez que Turnowski foi ouvido no inquérito. No dia da Operação Guilhotina, ele prestou informações - na condição de testemunha - sobre o seu ex-comandado Carlos Oliveira e o envolvimento dele com o grupo de milicianos que controla a favela Roquete Pinto, em Ramos, subúrbio da cidade.

Agência Brasil


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