Egito: oposição decide intensificar as manifestações em protesto ao governo.
Uma grande faixa com a inscrição "O povo exige a saída do regime" está estendida sobre o conjunto de tendas e lonas. Os protestos começaram no último dia 25. A ocupação da praça se tornou o símbolo da revolta anti-Mubarak. Pelas Nações Unidas, cerca de 300 pessoas morreram e 3 mil ficaram feridas.
Mubarak anunciou ontem (7) a formação de uma comissão de inquérito para apurar a violência ocorrida durante a série de protestos. Houve confrontos entre oposicionistas e favoráveis ao atual governo. Também foram registradas censura e agressões a jornalistas.
O primeiro-ministro, Ahmed Chafic, pediu publicamente desculpas pela violência e exigiu a abertura de um inquérito. Há pouco mais de 29 anos no poder, Mubarak é acusado de corrupção, desvio de recursos públicos e autoritarismo. Ele avisou que não pretende concorrer as eleições em setembro na tentativa de manter-se no poder.
Porém, a oposição quer mais. Para os líderes oposicionistas, Mubarak deve deixar o poder, promover a transição, libertar presos políticos, suspender ações de censura e pressão sobre a liberdade de expressão e autorizar a instalação de uma Assembleia Constituinte.
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