Dilma e Chavez devem se reunir trimestralmente para avaliar projetos.
Reprodução - A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela Hugo Chavez. |
O Brasil e a Venezuela vão ampliar as parcerias nas áreas agrícola, social e de política externa. A ideia é fortalecer os financiamentos para a construção de casas populares e a integração na produção agrícola. Também deve ser prorrogada a interligação, por meio de comunicação por fibras ópticas, da Venezuela para Boa Vista (Roraima) e Manaus (Amazonas). Outra iniciativa é fortalecer a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, devem se reunir a cada três meses para avaliar os projetos em curso e os acordos firmados. A decisão foi tomada ontem (7) durante reuniões dos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Venezuela, Nicolás Maduro. Patriota passou o dia ontem em Caracas e também conversou com Chávez.
"Decidimos priorizar a questão da construção e o financiamento [de habitações populares], assim como os planos de integração e os financiamentos para a produção agrícola. Essas serão as principais prioridades dessa fase que se inicia com o governo da presidente Dilma Rousseff ", destacou o venezuelano.
As informações são da imprensa estatal da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). Depois da reunião, Patriota destacou que para o Brasil, a Venezuela “desempenha um papel estratégico”. Por orientação de Dilma, o chanceler visita os países sul-americanos em uma demonstração que a política regional será a prioridade da política externa do governo.
"O presidente Chávez quer começar muito rapidamente um intenso programa de reuniões, que devem ocorrer em breve, com a presidenta [Dilma Rousseff] para fazer um balanço sobre o que está em curso”, disse Patriota.
Nas reuniões que teve ontem em Caracas, Patriota conversou ainda com o vice-presidente da Petróleos de Venezuela (PDVSA), Chávez Asdrubal, os ministros da Habitação, Ricardo Molina, e da Agricultura e Terras, Juan Carlos Loyola.
Há investimentos de empresas brasileiras na Venezuela principalmente nos setores de mineração e construção civil. Em 2010, o comércio entre os dois países atingiu US$ 4,68 bilhões com saldo positivo ao Brasil de mais de US$ 3 bilhões. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial da Venezuela.
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