Petrobras dá inicio às obras do Sistema Integrado de Tranporte de Etanol
Com as presenças dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, têm início nesta terça-feira (23) com a primeira solda, no Terminal da Transpetro, em Ribeirão Preto (SP), as obras do Sistema Integrado de Transporte de Etanol da PMCC, empresa da Petrobras e Camargo Corrêa. A cerimônia será transmitida, a partir das 10h30, pela Agência Petrobras de Notícias.
Em seguida, serão assinados contratos e o Termo de Compromisso entre Petrobras, Camargo Corrêa, Copersucar, Cosan, Odebrecht Transport Participações e Uniduto para a constituição de uma associação visando dar continuidade à implementação do sistema. Após o evento, as autoridades participam de seminário de apresentação dos resultados das ações realizadas no setor sucroenergético entre os anos de 2003 e 2010.
Na tarde desta segunda-feira (22), o presidente da PMCC, Alberto Guimarães, concedeu entrevista coletiva acompanhado por Dalton Avancini, diretor-superintendente da Camargo Corrêa Óleo e Gás e representantes do Governo Federal.
O presidente da PMCC ressaltou a importância do projeto para tornar o mercado de etanol no país ainda mais competitivo. Segundo ele "uma grande parcela do preço do etanol decorre dos custos com logística e esse projeto abraça a principal região de produção no país", afirmou Guimarães. Ele ressaltou ainda que grande parte do etanolduto atravessará faixas já existentes e que isso minimizará impactos ambientais e para as comunidades do entorno.
Com investimentos de mais de R$ 5 bilhões, o Sistema Integrado de Transporte de Etanol possui 850 km de extensão e vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso à Replan, em Paulínia (SP). Parte deste sistema integrado será composto por um Etanolduto de longa distância, entre as regiões de Jataí (GO) e Paulínia. O primeiro trecho irá de Ribeirão Preto a Paulínia.
O projeto, quando concluído, terá uma capacidade instalada de transporte de até 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano. Mais de 10 mil empregos diretos e indiretos serão gerados. Parte dessa mão de obra será recrutada nas regiões do entorno.
A maior parte do sistema será construída utilizando as áreas de passagem de dutos já existentes. Essa medida vai beneficiar com um menor impacto as populações locais e a vegetação nativa. Além disso, o projeto irá reduzir o tráfego nas grandes rodovias e nas áreas de grande circulação de veículos dos centros urbanos. Como resultado disso, haverá redução no número de caminhões e menor desgaste das estradas, maior segurança e agilidade e menor emissão de poluentes.
O empreendimento irá se integrar também ao sistema de transporte hidroviário existente na bacia Tietê-Paraná. Os comboios de transporte, compostos pelas barcaças de cargas e os barcos empurradores, serão construídos e operados pela Transpetro.
A combinação dos modais dutoviário e hidroviário do sistema Tietê-Paulínia irá garantir uma melhor racionalização do processo de transporte do etanol, com os menores custos possíveis.
O sistema integrado se estenderá por uma ampla malha de dutos até Barueri e Guarulhos, na grande São Paulo, e Duque de Caxias (RJ). A partir destes terminais, o etanol será levado diretamente aos postos de combustíveis por meio de transporte rodoviário de curta distância.
E, para garantir que o etanol chegue a outros mercados no território nacional, por meio da cabotagem, o sistema de escoamento alcançará terminais marítimos nos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro.
Agência Petrobras
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