Para que servem mesmo os jornalistas?

Jornalista não é profissão, nisso o sumo-magistrado Gilmar Mendes estava certo quando proferiu aquele voto no STF em junho de 2009 sobre a obrigatoriedade do diploma. Jornalismo é profissão + estado de espírito, gênero de atividade sincrética que logo se converte em natureza e, em seguida, em empenho vital - disposição de mudar o mundo. Como afirma Alberto Dines, pesquisador sênior do Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo da Unicamp.

Estamos acompanhando essa transformação fantástica, de levar o jornalismo – como ele deve ser, com seriedade – para qualquer meio: web, tablet ou celular.

Efetivamente, as fontes de informação abundam... O ritmo e a escala da mudança variam por país, mas os motores da mudança permanecem similares: menos pessoas compram jornais numa base diária, há mais acessos online às notícias, e aumenta a constatação de que os jornais gratuitos são “suficientemente bons” para completar o tempo de viajem.

Entre um país sem governo e outro sem imprensa livre, prefiro o primeiro. Thomas Jefferson

Para o sociólogo Roberto Crox encontrar informação fidedigna no infinito mar de informação - sobretudo na internet – não é evidente. “Não imagino um mundo sem bom jornalismo. Seria um mundo muito mais pobre. O mundo não pode ser dado diretamente, tem que ser mediado. E o papel do jornalista não acaba aí. Na era da internet é importante que o jornalista funcione como uma espécie de mapa, de GPS, para encontrar a informação fiável no meio de todo o resto. Há muito trabalho bom, mas também há muita informação política e ideológica. É um campo minado onde quase nunca há editores.”

Edição e comentários: Washington Luiz
Com informações: Revista ESPM

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