Como a Corrida de Rua Pode Transformar Sua Vida

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A corrida de rua é muito mais do que um esporte; ela é um estilo de vida que desafia, inspira e transforma. Quem já calçou um par de tênis e saiu para correr sabe que cada quilômetro percorrido não é apenas uma conquista física, mas também uma vitória mental e emocional. Mas será que você está aproveitando ao máximo tudo o que a corrida pode oferecer?   No meu e-book “CORRIDA PARA TODOS: COMO SUPERAR DESAFIOS E TRANSFORMAR SUA VIDA”, mergulho profundamente nas lições mais importantes que aprendi ao longo dos anos como corredor amador. Descobri que a corrida pode ensinar muito sobre resiliência, paciência e até mesmo sobre como lidar com os desafios diários da vida. Afinal, cada passo que damos na estrada é uma metáfora poderosa para superar obstáculos.   Por exemplo, você já pensou no impacto da sua mentalidade durante um treino ou prova? Às vezes, não é o corpo que nos impede de continuar, mas sim aquela voz interna que insiste em nos fazer desistir. A boa notícia é que existem form

Assembléia de Deus - O centenário de Daniel Berg e Gunnar Vingren

Divulgação:
Os pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren - 19 de novembro. Há exatos 100 anos chegavam ao Brasil os fundadores da Assembléia de Deus

A longa Jornada

Na gigantesca onda de imigrantes que, em fins do século XIX e início do século XX, a sonhar com melhor futuro, deixaram a Suécia em busca de emprego nos Estados Unidos, estavam dois jovens que jamais se haviam encontrado em sua terra.

A Infância Cristã

O mais velho, exemplar filho de crentes, aos 18 anos batizado em águas, teve como berço uma localidade chamada Ostra Husby, em Ostergotland. O outro, também de família evangélica (batista), viveu, igualmente, uma infância de verdadeiro cristão, e com apenas 15 anos de idade se fez batizar. Seus nomes: Daniel e Gunnar. Aquele, até o início da juventude residiu no torrão natal, Vargon (“Ilha do Lobo”), onde lobos não havia; ao contrário, vivia-se cercado de bonança por todos os lados – sem perspectivas, porém, de dias melhores.

Sem que eles, então, nem de longe pressentissem qualquer sinal, ao conduzi-los ao outro continente, a mão de Deus, desde cedo, começou a direcioná-los para inimagináveis pontos de convergência. Nestes estava, inclusive, embora em segundo plano, um amigo de infância de Daniel – Lewi Pethrus -, que lhe propiciou ter “o primeiro contato com a obra pentecostal e sua mensagem”. Pethrus viria ao Brasil, pela primeira vez, quando a Obra de Deus iniciada pelos dois missionários passava provavelmente pela sua maior crise, e ajudou a orientá-la nos rumos que a levariam a ser – sob o aspecto numérico, pelo menos – a mais importante comunidade pentecostal de todos os tempos.

A Terra Natal

Em suas memórias, Daniel, que sempre nutriu acendrado amor por sua terra retrata o cenário da infância: “… para mim, Vargon é um desses lugares mais lindos da Suécia”; e tenta consertar o seu arroubo:”… sem que vá nesta declaração qualquer manifestação de bairrismo…”Ele continua, a enforcar seu berço, como o fazia saudoso, no Brasil, sem permitir porém que o apego às suas raízes interferisse na grande chamada: “Vargon tem a um lado o lago Varnern, do qual a cidade mais próxima, Vanersborg, tomou o nome. Do outro lado estão situadas as montanhas Hunnebeg e Halleberg, lugares prediletos dos reis da Suécia para realizar caçadas. Nós, as crianças, durante o verão e o outono, passávamos todas as horas de férias nessas montanhas, contemplando as fontes abundantes e os lagos cristalinos.” Quão diverso, esse cenário, daquele em que, sob as mais duras provações, iria ser protagonista de um acontecimento que viria a comover milhões de brasileiros!

Daniel embarcou, a 5 de março de 1902, em Gotemburgo, rumo aos Estados Unidos, em sua primeira viagem marítima, a que muitas outras se seguiriam, como obreiro do Senhor. O dia estava frio e o “Romero” começou a afastar-se do ponto. “Mesmo que eu me arrependesse de haver embarcado”, recorda o sueco apegado ao seu país, “já era tarde para mudar de idéia.” Procurava tranqüilizar-se: “Pensei, então, comigo mesmo, que não veria a primavera sueca naquele ano, quiçá, nem no ano seguinte. Sabia, isso sim, que ao iniciar a primavera, eu estaria no país dos grandes sonhos e esperanças, a América do Norte. Na América também havia primavera, e, pensei, talvez seja igual na Suécia.”

O porto do desembarque era Yorkshire, na embocadura do rio Hull, onde a cidade do mesmo nome vinha a ser uma das mais importantes da Inglaterra. Depois de breve permanência em Hull, Daniel rumaria a Liverpool, então a quarta cidade da Inglaterra em população, de onde embarcou, a 11 de março, com destino aos Estados Unidos. Era a velha cidade de Boston, arquitetonicamente e sob o aspecto urbanístico bem britânica, que se lhe descortinava, dias depois de deixar o Velho Mundo. Logo, estaria em Providence, Estado de Rhode Island, onde, com a ajuda de amigos, obteve emprego em uma fazenda.

Vingren nos EUA

Gunnar Vingren viajou para Gotemburgo em meados de 1903. No dia 30 de junho tomava o vapor que o levaria à mesma cidade de Hull, por onde no ano anterior passara Daniel. E não se tratava de mera coincidência. Era a mão de Deus dando continuidade aos mais altos desígnios. De trem continuou até liverpool e, novamente, por via marítima prosseguiu em sua jornada até Boston. Mas precisou viajar mais, com destino à casa do seu tio Carl, residente em Kansas City, onde chegou em 19 de novembro, após dezenove dias de viagem.

Logo, Gunnar conseguiu empregar-se, até o verão, como foguista em Greenhouse. No inverno, viria a trabalhar como porteiro de uma loja e jardineiro. Na condição de estrangeiro, sobravam-lhe, como sempre acontece, as ocupações mais modestas. Em fevereiro de 1904, ei-lo a caminho de outro endereço, em busca de seu ganha-pão: a cidade de St. Louis, onde passou a trabalhar no Jardim Botânico.

A “Chamada Equivocada”

Um tio de Gunnar Vingren havia sido missionário na China; e ele começou a cogitar de tomar o mesmo destino. Mas o Senhor falou-lhe ao coração, demovendo-o daquele propósito. Uma vez batizado no Espírito Santo, Gunnar iria sentir-se em plena sintonia com os recados de Deus. Ele fez o curso teológico em Chicago, no Seminário Batista Sueco, de setembro de 1904 a 1909. A isso fora exortado, quando pertencia à Igreja Batista. Nesse período, como estagiário, pregava em vários lugares: na Primeira Igreja Batista em Chicago, Michigan, em Sycamore, Illinois; Blue Island. Nos últimos estágios pastoreou a igreja em Mountaim, Michigan. Estava intelectualmente preparado, adquirira alguma experiência pastoral, mas ainda carecia de algo para estar pronto.

Ao resisitir, por fim, à determinação dos ministros quanto à sua viagem para a China – pois o que lhe ia no coração nada tinha a ver com o multissecular país – sérias consequências o envolveram. Foi-se-lhe inclusive a noiva, que aspirava acompanhá-lo ao Oriente e, desatendida, optou pelo rompimento do compromisso…

De volta à Suécia

As saudades da família, de sua bucólica Vargon, falaram a Daniel tão fortemente que um dia, em 1908, regressou. Embora pudesse parecer estranho esse capítulo de sua história, um retrocesso, mais uma vez era o Senhor articulando todos os seus passos.

Informado do destino de seu amigo Lewi Pethrus, desejou Daniel viajar ao seu encontro. Pethrus, que vivia numa cidade próxima, onde pregava o Evangelho, falou-lhe das doutrinas pentecostais. No regresso aos EUA, em 1909, Daniel recebeu o batismo no Espírito Santo.

O grande Avivamento

Era tempo de um grande avivamento nos Estados Unidos, exatamente o país onde Daniel havia estado e aonde agora retornava. Em muitas igrejas tradicionais, crescia o número dos que recebiam a promessa pentecostal. A princípio, eles não se afastavam de suas comunidades, mas começaram a ter encontros em que, com maior liberdade, ouvia-se sobre o Evangelho Pleno, viam-se e ouviam-se homens, mulheres e crianças a falar em línguas, a receberem a cura divina. Muitos outros buscavam, e também recebiam o que Jesus prometera antes de sua ascensão.

Em 1854, a chama pentecostal havia crepitado mais fortemente na Nova Inglaterra (Bostom e adjacências); em 1892, na cidade de Moarehead; em 1903, em Galena, Kansas; em Orchard e Houstok, nos anos de 1904 e 1905. Tão perto do Pentecoste, no entanto ele precisou atravessar o oceano para encontrá-lo…

Sintonia com Deus

Após uma semana convencional, o poder de Deus envolveu a Vingren, extraordinariamente. Mais tarde, pôde entender o que o Espírito Santo desejava dizer-lhe: uma irmã com o dom de interpretação de línguas foi usada pelo Senhor para dar-lhe ciência de que antes de seguir ao campo missionário, deveria ser revestido de poder. Em novembro do mesmo ano (1909), recebeu o revestimento de poder.

Agora, Daniel e Gunnar tinham alguma coisa mais em comum, além da condição de patrícios, servos do Senhor e imigrantes no mesmo país. Com apenas um ano de diferença, eram ambos batizados no Espírito Santo, falavam línguas estranhas.

UNIDOS POR DEUS

Passos Convergentes

Faltava pouco, agora, para o encontro. E isto aconteceu também em 1909, em Chicago, como participantes de uma conferência.

Depois de longo diálogo, em que cada vez mais se identificavam e se compenetravam da chamada de Deus, passaram a orar diariamente, em busca de completa orientação do Alto.

Um Nome no Sonho: Pará

Alguns dias se passaram, até quando um crente batizado no Espírito Santo, chamado Adolfo Uldin, narrou-lhes um sonho, em que os dois amigos eram personagens, e em que lhe aparecera, bem legível, um nome muito estranho: Pará. Uldin jamais lera ou ouvira tal palavra. Mas, entendeu tratrar-se de um lugar. Daniel e Vingren compreenderam que era a resposta de Deus às suas muitas orações. No dia segunite, dirigiram-se a uma biblioteca, a fim de consultar os mapas. Ao verificarem a distância do país em que ficava o Pará, chegaram a ser abalados pelas dúvidas, mas após uma semana de oração convenceram-se quanto ao destino a tomar.

A decisão se tornara irreversível. E Deus continuou a dispor marcos no caminhoo dos suecos para que pudessem comprovar a certeza da vontade divina em suas vidas.

A provisão do Senhor

O dinheiro de que dispunham era muito pouco, mas significava mais um indicativo dos rumos a serem tomados: noventa dólares – o preço da passagem até o longínquo país onde havia um lugar chamado Pará. Mas, eis que, com novo teste, Deus voltava a desafiar-lhes a fé: o Senhor ordenava a Vingren doar os noventa dólares ao jornal da igreja do pr. Durham. E Daniel concordou. Eles o visitavam em Chicago, em busca de alguma contribuição para a viagem, “mas”, recorda Daniel, “os irmãos não se mostraram muito entusiasmados. Mencionaram dificuldades de clima e predisseram que voltaríamos sem demora. Por isso, não nos garantiram qualquer sustento”. Durham limitara-se separá-los para a missão no Brasil.

Em outra igreja da mesma cidade, em um culto de despedida, o pr. B. M. Johnsom – que viria a ajudá-los, quando no Brasil, nos momentos mais difíceis – também nada pôde fazer por eles, mas deixou a congregação à vontade. Caso essa oferta poderiam chegar até Nova York.

Prosseguiram viagem e, numa parada, depararam-se com um amigo de Vingren, que foi logo dizendo:

O Dedo de Deus

“Sabe, irmão Vingren, sonhei com você esta noite, e Deus me falou que eu lhe deveria dar noventa dólares. Hoje de manhã pus o dinheiro em um envelope para remetê-lo…Agora não preciso pagar a remessa”. Mais um sinal no caminho: o Senhor lhes falava de modo inusitado, mas quão claramente lhes falava! O dedo de Deus era quase visível.

Uma vez em Nova York, logo começaram a buscar, nas companhias marítimas, suas duas passagens para o dia 5 de novembro. Não tinham dúvidas; a data era exatamente aquela.

Outro Sinal

Em South Band, o Senhor lhes havia dito tudo a respeito, pormenorizadamente. Porém, tantos foram consultados quantos negaram haver partida para 5 de novembro. Finalmente, encontraram um navio inglês que se achava em reparos, não constante das listagens. E o navio, o “Clement”, começou a singrar, naquele dia prenunciado, em direção a Belém do Pará.

O dinheiro disponível era suficiente, mas dava apenas para a terceira classe, onde nem sequer mesas e cadeiras existiam. Eram compelidos a viajar no convés, sentados em tonéis, “mas sentíamos o poder de Deus sobre nós ali, e louvávamos ao Senhor, e Ele nos falava dizendo que ia junto conosco e que nos abriria as portas”, conta Daniel, “o que alegrava os nossos corações maravilhosamente”.

Conversão sobre o Mar

Durante a viagem, um jovem complexado, carrancudo, muito infeliz, pensava em suicidar-se, quando Daniel lhe dirigiu a palavra, e perguntou: “Você tem fé em Deus?” “Quem é Deus?”, veio a indagação. A mensagem do missionário tocou-lhe profudamente o coração, ele se pôs a chorar, e aceitou a Cristo como Salvador.

A Chegada ao Brasil

Reprodução:
A chegada ocorreu a 19 de novembro de 1910. Tudo era estranhíssimo para os dois suecos. As pessoas malvestidas, os leprosos a desfilar seus corpos mutilados, apresentando pungente espetáculo pelas ruas. Mas o Senhor de fato os enviara, e aqui estava para guardá-los do contágio e, logo, das agressões, ofensas e ameaças. Alguns dos alegres passageiros que com eles chegaram ao porto de Belém nunca imaginaram que viriam a ser infectados, e logo depois teriam seus nomes no rol dos mortos.

No modesto hotel (onde por um dia se hospedaram) consumiram os seus pobres 16 mil réis. Com níqueis restantes, iriam de bonde, no dia seguinte, em busca da residência do pastor metodista Justo Nelson, diretor do jornal que, “casualmente”, chegara às mãos de Vingren no quarto onde se haviam hospedado. Para surpresa deles, tratava-se de um conhecido de Vingren, nos Estados Unidos.

Separados para as missões por uma igreja batista, nada mais natural do que encaminhá-los aos irmãos da mesma fé, o que se fez.

No dia seguinte, foram muito bem recebidos pelo missionário Erik Nelson. Este, como eles de nacionalidade sueca, convidou-os a cooperarem no trabalho. E ofereceu-lhes o porão da igeja, onde se alojaram.

Outros Missionários no Brasil

Ao longo dos anos, outros missionários foram chegando. Procediam, principalmente, da Suécia e dos Estados Unidos. O terceiro foi Otto Nelson, em 1914. Seguiram-no: Samuel Nyström (1916) e Samuel Hedlund (1921). Todos dos EUA, chegaram em março de 1921: Nels Nelson, Ana Carlson, Beda Palha, Gay de Vris, Augusto Anderson, Ester Anderson, Vitor Johson e Elizabeth Johnson. Em seguida: Gustavo Nordlund, Herberto Nordlund e Simão Lundgren, os três em 1924. Joel Carlson veio em 1925. Orlando Boyer, enviado pela missão da Igreja de Cristo, unindo-se mais tarde à Assembléia de Deus, veio em 1927. Em 1928, chegavam Nils Kastberg e Algot Svenson. Eurico Aldor Peters desembarcou no Brasil em 1933. Depois destes, Nels Lawrence Olson (1938) e Nils Taranger (1946). Em 1948 vieram Eurico Bergstem e John Peter Kolenda. Carlos Hultgren chegou em 1950. Bernhard Johnson Jr., que já estivera no Brasil na infância, retornou em 1957. As fontes consultadas não dispõem das datas em que pisaram o solo brasileiro os missionários Anders Johnson, Walter Goodband e Erna Miller, mas estes já estavam aqui em 1934. Outros deram sua contribuição à evangelização dos brasileiros, como John Aenis, Albert Widner, Guilherme Treffut, Victor Jansson, Simão Sjögren, Nina Englund, Horace S. Ward, Albert Widmer, Cecilia e Anderson Johansson.

Fonte: Assembléia de Deus no Distrito Federal
Com informações do Portal Pandom
Edição: Washington Luiz

Comentários

  1. parabens muito boa esta materia. no centenario das assembléia de Deus.

    atualmente estamos juntos para ganhar muitas almas para o nosso Deus.

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