Fiocruz organiza simpósio internacional - tema: esquitossomose

“O Ministério da Saúde reconhece a esquistossomose como doença negligenciada prioritária, para a qual são necessárias novas pesquisas, estratégias e tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”


Reprodução - Caramujo
Doença que atinge cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo - 2,5 milhões no Brasil - a esquistossomose será tema de um simpósio internacional que começa amanhã (6) e vai até sexta-feira ( 8) no Rio. Organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o evento reunirá representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), gestores, pesquisadores nacionais e de vários países.

As estratégias globais para a pesquisa e o controle da doença serão o tema principal em debate no 12º Simpósio Internacional de Esquistossomose. Segundo a OMS, 747 milhões de pessoas vivem sob o risco da infecção causada pelo parasita Schistosoma mansoni em 56 países das Américas, da África e Ásia. A esquistossomose, também conhecida popularmente como barriga d’água, é transmitida em águas não tratadas, por contato direto com as larvas do parasita. Embora tendo no homem seu hospedeiro definitivo, o parasita necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários.

O coordenador do Comissariado de Pesquisa sobre Doenças Infecciosas da Pobreza, do Programa de Pesquisa e Tratamento de Doenças Tropicais da OMS, Arve Lee Willingham, abrirá a discussão no Rio Othon Palace Hotel, em Copacabana, zona sul da cidade. Os avanços científicos no enfrentamento da doença também serão abordados. Além dos convidados estrangeiros, 42 especialistas de seis estados brasileiros participam do simpósio.


Reprodução: Esquistossomose

De acordo com o pesquisador Otávio Pieri, do Instituto Oswaldo Cruz e integrante da comissão organizadora do encontro, “no Brasil a esquistossomose continua sendo transmitida nas áreas endêmicas, encontrando-se em franca expansão geográfica”. Segundo ele, isso ocorre apesar da diminuição progressiva das formas graves da doença, devido às campanhas de tratamento em larga escala iniciadas na década de 70.

“O Ministério da Saúde reconhece a esquistossomose como doença negligenciada prioritária, para a qual são necessárias novas pesquisas, estratégias e tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Pieri. A doença está presente em 18 estados brasileiros, com maior incidência nas regiões Nordeste e Sudeste.

Há 25 anos organizado pela Fiocruz, o Simpósio Internacional de Esquistossomose, realizado a cada dois anos, é hoje o maior evento mundial sobre a doença. A programação completa está disponível no site www.schisto2010.com.br.

Agência Brasil

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