Dilma ou Serra? Quem vai assumir compromisso com Garotinho publicamente?
"Não quero aqui fazer o papel de amante. Quem quer o nosso apoio, tem que ser em público." |
AE - Depois de duas e meia de reunião, o diretório do PR do Rio de Janeiro resolveu optar pela neutralidade temporária na disputa à Presidência no segundo turno. O partido deve apoiar o candidato que aceitar aparecer publicamente ao lado do ex-governador Anthony Garotinho, principal liderança local da legenda e deputado federal mais votado no Estado no último dia 3.
A maior parte da Executiva, da bancada federal e dos militantes da sigla manifestou-se a favor do apoio a José Serra (PSDB). Os que defendiam a opção por Dilma Rousseff (PT) eram alvo de vaias. Como não havia consenso, o candidato derrotado ao governo do Rio, Fernando Peregrino, apresentou a proposta de se esperar uma manifestação explícita de um dos candidatos.
"Vamos ficar neutros até que eles decidam nos assumir como aliados", resumiu Garotinho, após a confusa a reunião. "Não quero aqui fazer o papel de amante. Quem quer o nosso apoio, tem que ser em público."
Durante o encontro, o ex-governador disse ter recebido ligações de petistas e tucanos. Garotinho citou o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e o candidato a vice-governador na chapa de Fernando Gabeira (PV), o ex-deputado federal do PSDB Márcio Fortes, como exemplos de lideranças políticas interessadas em seu apoio.
"A candidata (Dilma) já veio ao Rio nesse segundo turno e não nos procurou. Fez uma carreata na Baixada Fluminense, onde tive 200 mil votos, e não me convidou", reclamou Garotinho. "Os líderes do PSDB me ligaram, mas eu preciso falar com o Serra. Quem manda é o candidato. Não estamos atrás de cargos, mas atrás de compromissos. E quem os cumpre é o candidato. Estou esperando a ligação (do Serra) até agora."
Agência Estado
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