Banco Mundial diz que o Brasil é exemplo de uso econômico de recursos naturais
Reprodução-
O Brasil é exemplo para o uso de recursos naturais a favor do crescimento econômico, segundo estudo divulgado hoje (13) pelo Banco Mundial (Bird). Para John Nash, economista do Bird, a forma que o país explora seus bens fez com que avance mais do que outros países da América Latina.
“A maioria dos países da América Latina não avançou tanto quanto o Brasil”, disse Nash durante lançamento do relatório Recursos Naturais na América Latina: Indo Além das Altas e Baixas, do qual ele é um dos autores. “O país é um verdadeiro exemplo de diversificação na exploração e exportação de seus recursos naturais”.
Segundo Nash, na década de 60, o café era a principal commodity vendida pelo país para o exterior e correspondia a 53% do total de suas exportações. Já em 2006, o principal produto exportado pelo Brasil é o minério de ferro e este representa só 7% do total de produtos vendidos a outros países.“Isso é um sinal de diversificação”, afirmou. “O contrário aconteceu na Venezuela. Lá o principal produto exportado é o petróleo, que representava 92% das exportações em 2006”.
A diversificação da exportação de commodities é, segundo o relatório do Bird, uma das práticas que países detentores de recursos naturais devem seguir para melhor aproveitar seus bens. Além dela, o estudo prega a poupança e a consolidação das instituições públicas como pontos-chave para que as matérias-primas não tornem-se uma “maldição”, mas sim uma “benção” para esses países.
“Os recursos naturais não são uma maldição nem benção”, complementou Francisco Ferreira, economista chefe do Bird para a América Latina. “É possível usar esses bens para o desenvolvimento, mas é preciso saber usá-los”.
Ferreira disse que a poupança serve para que o país exportador mantenha a estabilidade mesmo quando a venda de commodities passa por uma crise, como em 2008. Já as instituições fortes fazem com que o dinheiro obtido com os produtos seja investido em áreas como educação e apoio à indústria e colabore para o desenvolvimento sustentável.
“O Brasil já está pensando em um fundo estabilizador com recursos do pré-sal. Isso é bom, mas o país precisa debater como isso vai funcionar”, afirmou Ferreira. O economista disse ainda que a exploração do petróleo da chamada camada pré-sal será um dos maiores desafios do país para o gerenciamento de seus recursos naturais nos próximos anos. Segundo ele, o começo da extração trará várias possibilidades, mas também riscos para o país.
Ferreira disse que a valorização do câmbio, por exemplo, pode criar problemas para a indústria nacional. Por isso, ele defende que parte da renda do petróleo seja investida em poupança em moeda estrangeira.
Agência Brasil
“A maioria dos países da América Latina não avançou tanto quanto o Brasil”, disse Nash durante lançamento do relatório Recursos Naturais na América Latina: Indo Além das Altas e Baixas, do qual ele é um dos autores. “O país é um verdadeiro exemplo de diversificação na exploração e exportação de seus recursos naturais”.
Segundo Nash, na década de 60, o café era a principal commodity vendida pelo país para o exterior e correspondia a 53% do total de suas exportações. Já em 2006, o principal produto exportado pelo Brasil é o minério de ferro e este representa só 7% do total de produtos vendidos a outros países.“Isso é um sinal de diversificação”, afirmou. “O contrário aconteceu na Venezuela. Lá o principal produto exportado é o petróleo, que representava 92% das exportações em 2006”.
A diversificação da exportação de commodities é, segundo o relatório do Bird, uma das práticas que países detentores de recursos naturais devem seguir para melhor aproveitar seus bens. Além dela, o estudo prega a poupança e a consolidação das instituições públicas como pontos-chave para que as matérias-primas não tornem-se uma “maldição”, mas sim uma “benção” para esses países.
“Os recursos naturais não são uma maldição nem benção”, complementou Francisco Ferreira, economista chefe do Bird para a América Latina. “É possível usar esses bens para o desenvolvimento, mas é preciso saber usá-los”.
Ferreira disse que a poupança serve para que o país exportador mantenha a estabilidade mesmo quando a venda de commodities passa por uma crise, como em 2008. Já as instituições fortes fazem com que o dinheiro obtido com os produtos seja investido em áreas como educação e apoio à indústria e colabore para o desenvolvimento sustentável.
“O Brasil já está pensando em um fundo estabilizador com recursos do pré-sal. Isso é bom, mas o país precisa debater como isso vai funcionar”, afirmou Ferreira. O economista disse ainda que a exploração do petróleo da chamada camada pré-sal será um dos maiores desafios do país para o gerenciamento de seus recursos naturais nos próximos anos. Segundo ele, o começo da extração trará várias possibilidades, mas também riscos para o país.
Ferreira disse que a valorização do câmbio, por exemplo, pode criar problemas para a indústria nacional. Por isso, ele defende que parte da renda do petróleo seja investida em poupança em moeda estrangeira.
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