Pescadores contabilizam os prejuízos por conta das ressacas na Região dos Lagos
Rio de Janeiro - As ressacas do mar no norte do estado do Rio de Janeiro já causam prejuízos aos pescadores da Região dos Lagos. Somente em Arraial do Cabo, o lucro deste ano não deve chegar à metade do registrado em 2009, segundo a Fundação Pesca.
O presidente da entidade, Paulo Fernandes, disse hoje (19) que a maioria dos 800 pescadores da região são artesanais e as embarcações são de pequeno porte, não tendo condições de sair para alto-mar e enfrentar as ondas que alcançam três metros. Ele explica que na região durante o ano passado foram pescadas cerca de 500 toneladas, rendendo em torno de R$ 6 milhões e que este ano, até o momento, os pescadores devem ter arrecadado apenas R$ 2 milhões.
Segundo Fernandes, a prefeitura tem ajudado, ao empregar alguns pescadores, mas é insuficiente apesar de reconhecer que a renda do município é pequena. “Com essa ressaca os pescadores ficam com dificuldade de sair para o mar, não podendo sair para toda área apropriada para a pesca porque correm até mesmo risco de morrer. De algum tempo para cá isso tem ocorrido com frequência, quase toda semana.”
Para o oceanógrafo David Zee, a percepção dos pescadores confirma o que constatou em suas pesquisas, feitas desde a década de 90, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Veiga de Almeida (UVA).
"Observamos ao longo dos últimos 20 anos um aumento substancial dessas ressacas. Em 1990, tínhamos uma ressaca significativa por ano e agora aumentou para seis. Só em 2010 já foram registradas sete. Nossa tese é que isso tem relação com as questões climáticas, ao efeito estufa. O padrão das frentes frias tem mudado de direção, convergindo frontalmente com a região de Arraial do Cabo", observou o oceanógrafo.
Agência Brasil
O presidente da entidade, Paulo Fernandes, disse hoje (19) que a maioria dos 800 pescadores da região são artesanais e as embarcações são de pequeno porte, não tendo condições de sair para alto-mar e enfrentar as ondas que alcançam três metros. Ele explica que na região durante o ano passado foram pescadas cerca de 500 toneladas, rendendo em torno de R$ 6 milhões e que este ano, até o momento, os pescadores devem ter arrecadado apenas R$ 2 milhões.
Segundo Fernandes, a prefeitura tem ajudado, ao empregar alguns pescadores, mas é insuficiente apesar de reconhecer que a renda do município é pequena. “Com essa ressaca os pescadores ficam com dificuldade de sair para o mar, não podendo sair para toda área apropriada para a pesca porque correm até mesmo risco de morrer. De algum tempo para cá isso tem ocorrido com frequência, quase toda semana.”
Para o oceanógrafo David Zee, a percepção dos pescadores confirma o que constatou em suas pesquisas, feitas desde a década de 90, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Veiga de Almeida (UVA).
"Observamos ao longo dos últimos 20 anos um aumento substancial dessas ressacas. Em 1990, tínhamos uma ressaca significativa por ano e agora aumentou para seis. Só em 2010 já foram registradas sete. Nossa tese é que isso tem relação com as questões climáticas, ao efeito estufa. O padrão das frentes frias tem mudado de direção, convergindo frontalmente com a região de Arraial do Cabo", observou o oceanógrafo.
Agência Brasil
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