Setor imobiliário fluminense cresceu 40% em 6 meses


O setor imobiliário fluminense cresceu 40% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009, informou à Agência Brasil o segundo vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Rubem Vasconcelos.

Ele participou de evento promovido pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado do Rio de Janeiro (Creci-RJ). Vasconcelos demonstrou otimismo com o desempenho do mercado em 2010.

“Acho que neste ano nós temos uma tendência de crescimento do mercado da ordem de 40% a 50% em- relação ao ano anterior”.

Segundo ele, contribuíram para isso não só a expectativa de realização de megaeventos esportivos no país, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, mas, principalmente, a estabilidade da moeda, a facilidade de acesso ao crédito e a expectativa de queda dos juros.

“São esses três pilares, aliados à nova atmosfera, que estão fazendo o crescimento do mercado imobiliário”.

Para Vasconcelos, a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 devem acelerar esse processo.

“A expectativa de Copa do Mundo e de Olimpíada está trazendo dinheiro. Está trazendo progresso. E isso faz de novo o Rio de Janeiro a cidade mais desejada da Federação. O Rio de Janeiro vai ser a capital imobiliária do Brasil”.

O presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro, assegurou que a Copa e a Olimpíada podem incrementar ainda mais o mercado da construção civil e o setor imobiliário brasileiro como um todo.

“São fatos que interferem diretamente na produção imobiliária e, consequentemente, no mercado imobiliário. Não tem como separar isso”.

Na visão de Teodoro, a realização do mundial de futebol poderá ter mais influência sobre o mercado habitacional, porque haverá eventos em várias capitais brasileiras.

“E todas essas capitais estão planejando uma implementação de várias melhorias na infraestrutura local e mesmo construções habitacionais”. Por isso, ele acredita que a Copa vai mexer com o mercado imobiliário. “Mexe positivamente”.

O presidente do Cofeci afirmou que a repercussão desses para o país será significativa. “Teremos um rescaldo positivo, que será aproveitado pela população, porque os benefícios trazidos pela infraestrutura, produzidos antes e durante o período do evento, vão ficar disponíveis para a população de forma permanente”.

Teodoro disse que não há entraves ao crescimento do mercado habitacional no país. Ele sugeriu que o governo poderia, com as Parcerias Público Privadas (PPP), incentivar a iniciativa privada a realizar investimentos financeiros necessários à viabilização dos eventos esportivos.

“Não vejo nenhum entrave para que as coisas aconteçam. É só uma questão de vontade política”.

Agência Brasil

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