Immetro e a Fiat apresentam tratores movidos a óleo vegetal
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a Fiat apresentam hoje (1º), no 10º Challenge Bibendum, no Riocentro, projeto que transforma motores a diesel em motores para tratores movidos a óleo vegetal puro. Desenvolvido em parceria pelo Inmetro e a montadora, o projeto busca desenvolver tecnologia para melhorar o desempenho dos tratores.
O chefe da Divisão de Química do Inmetro, Valnei Cunha, informou à Agência Brasil que o programa tem três linhas básicas de atuação: bioetanol, biodiesel e óleo vegetal. “Nós firmamos essa parceria com a Fiat para desenvolver tecnologia para motores de ciclo diesel, para operar diretamente com óleo in natura, sem a necessidade de transformá-lo em biodiesel”.
Em um primeiro momento, a intenção é trabalhar com motores que equipam tratores, utilizados de maneira geral por produtores rurais ou cooperativas de agricultores familiares. “Focamos nisso para que possa ter também um cunho social na geração de energia elétrica. Porque você pode utilizar o motor para mover um gerador em comunidades que não têm grande acesso a combustíveis e produzem o seu próprio óleo”.
Cunha explicou que como não há necessidade de transformar o óleo vegetal puro em biodiesel, seu custo é menor para o produtor. Embora não exista ainda pesquisa para dimensionar a redução do custo de operação, Valnei Cunha estimou que a economia nos gastos com a compra de combustível seria de até 30%.
Além disso, o uso do óleo vegetal no motor pode reduzir em torno de 20% as emissões de gases poluentes. Segundo Cunha, no momento, as pesquisas feitas pelo Inmetro e a Fiat visam a garantir que o motor não tenha nenhum problema durante o seu ciclo de vida. “Ou seja, que a empresa que vai comercializar, no caso a Fiat, possa dar garantia do motor”. Para isso, está sendo desenvolvida toda a parte de análise dos componentes do motor após o seu ciclo de uso.
De acordo com o técnico do Inmetro, a ideia é trabalhar com vários tipos de oleaginosas - entre elas o girassol - e não somente com a soja, que é a primeira matéria-prima utilizada no projeto. No futuro, a meta é trabalhar com oleaginosas características do país, como o dendê e a andiroba, facilmente encontradas pelas comunidades da Região Norte. “Cada região está mais apta a produzir um tipo de oleaginosa”.
Cunha acredita que o projeto deverá se estender por mais dois anos. O Inmetro utiliza máquinas disponíveis no mercado para a extração do óleo vegetal puro, visando a permitir que os agricultores possam fabricar em casa óleos de boa qualidade. Com valor em torno de R$ 45 mil, cada máquina consegue processar entre 50 e 60 quilos de sementes de soja por hora, o que corresponde a 8 ou 9 litros de óleo por hora.
“O custo-benefício é alto”, afirmou Cunha. Isso significa que o capital investido retorna rapidamente. “Porque ele tem a matéria-prima, vai produzir o seu próprio combustível, pode gerar energia elétrica para girar a própria máquina ou outras máquinas e também para a comunidade”.
Os testes vêm sendo realizados pelos pesquisadores no Laboratório de Motores do Inmetro em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Agência Brasil
O chefe da Divisão de Química do Inmetro, Valnei Cunha, informou à Agência Brasil que o programa tem três linhas básicas de atuação: bioetanol, biodiesel e óleo vegetal. “Nós firmamos essa parceria com a Fiat para desenvolver tecnologia para motores de ciclo diesel, para operar diretamente com óleo in natura, sem a necessidade de transformá-lo em biodiesel”.
Em um primeiro momento, a intenção é trabalhar com motores que equipam tratores, utilizados de maneira geral por produtores rurais ou cooperativas de agricultores familiares. “Focamos nisso para que possa ter também um cunho social na geração de energia elétrica. Porque você pode utilizar o motor para mover um gerador em comunidades que não têm grande acesso a combustíveis e produzem o seu próprio óleo”.
Cunha explicou que como não há necessidade de transformar o óleo vegetal puro em biodiesel, seu custo é menor para o produtor. Embora não exista ainda pesquisa para dimensionar a redução do custo de operação, Valnei Cunha estimou que a economia nos gastos com a compra de combustível seria de até 30%.
Além disso, o uso do óleo vegetal no motor pode reduzir em torno de 20% as emissões de gases poluentes. Segundo Cunha, no momento, as pesquisas feitas pelo Inmetro e a Fiat visam a garantir que o motor não tenha nenhum problema durante o seu ciclo de vida. “Ou seja, que a empresa que vai comercializar, no caso a Fiat, possa dar garantia do motor”. Para isso, está sendo desenvolvida toda a parte de análise dos componentes do motor após o seu ciclo de uso.
De acordo com o técnico do Inmetro, a ideia é trabalhar com vários tipos de oleaginosas - entre elas o girassol - e não somente com a soja, que é a primeira matéria-prima utilizada no projeto. No futuro, a meta é trabalhar com oleaginosas características do país, como o dendê e a andiroba, facilmente encontradas pelas comunidades da Região Norte. “Cada região está mais apta a produzir um tipo de oleaginosa”.
Cunha acredita que o projeto deverá se estender por mais dois anos. O Inmetro utiliza máquinas disponíveis no mercado para a extração do óleo vegetal puro, visando a permitir que os agricultores possam fabricar em casa óleos de boa qualidade. Com valor em torno de R$ 45 mil, cada máquina consegue processar entre 50 e 60 quilos de sementes de soja por hora, o que corresponde a 8 ou 9 litros de óleo por hora.
“O custo-benefício é alto”, afirmou Cunha. Isso significa que o capital investido retorna rapidamente. “Porque ele tem a matéria-prima, vai produzir o seu próprio combustível, pode gerar energia elétrica para girar a própria máquina ou outras máquinas e também para a comunidade”.
Os testes vêm sendo realizados pelos pesquisadores no Laboratório de Motores do Inmetro em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Agência Brasil
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