Eleições 2010: Redes Sociais tentam aproximar candidato do eleitor
Divulgação -
Nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos, um dos assuntos mais comentados foi o uso das redes sociais na internet pela candidatura de Barack Obama. A força dessas redes nas eleições norte-americanas chamou a atenção de vários países, atraiu presidentes como o venezuelano Hugo Chávez e entrou nas eleições deste ano no Brasil. Os quatro principais candidatos à Presidência da República no Brasil já aderiram, por exemplo, ao Twitter, uma rede social em que os usuários da internet podem digitar textos curtos, de no máximo 140 caracteres.
Um dos primeiros a aderir ao Twitter foi o candidato José Serra (PSDB). Há pouco mais de um ano, Serra dedica algumas horas de suas madrugadas conversando com os “twitteiros” (como são chamadas as pessoas conectadas ao Twitter). Os candidatos Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (P-SOL) também estão conectados a essa rede. Eles aproveitam o espaço para conversar com seus militantes e eleitores e para informar, por exemplo, em que cidade estarão ou para que veículo de imprensa darão entrevista.
A importância das redes sociais nas eleições presidenciais deste ano fez com que os partidos criassem uma coordenação especificamente sobre o assunto. No PT, o estrategista da campanha do partido na web é Marcelo Branco. No PSDB, o responsável é Sérgio Caruso. No PV, Nilson de Oliveira responde pela comunicação da campanha. E no P-SOL, partido em que ainda não foi estabelecida uma coordenação específica para a internet, Márcio Bento responde pela comunicação do partido em São Paulo. Com isso, os candidatos à Presidência já estão hoje, além do Twitter, no Orkut, no Facebook e no YouTube. Nenhum deles soube estimar quanto os partidos estão investindo ou gastando nessa área, mas todos ressaltaram a importância das redes sociais para as eleições deste ano.
“Para o P-SOL, que não vai ter o mesmo tempo de TV dos outros partidos e não vai ter financiamento de grandes empresas, bancos e empreiteiras, a internet passa a ser algo fundamental e estratégica porque pode ser um espaço com melhores condições de utilização. Temos expectativa de utilizar a internet como um espaço mais democrático e amplo”, disse Márcio Bento, em entrevista por telefone à Agência Brasil.
“O eleitor ganha mais um espaço de comunicação, a oportunidade de entrar em contato direto e sem intermediários com as campanhas e os candidatos. Acho que isso vai fazer com que o debate ganhe uma maior audiência, uma maior interação, uma maior troca de ideias, e vai enriquecer a formulação de todos os candidatos”, disse Nilson de Oliveira, em entrevista à TV Brasil.
Ao participarem de um evento na semana passada, em São Paulo, para discutir a questão da campanha eleitoral na web e as táticas para ganhar o voto do internauta, Marcelo Branco e Sérgio Caruso reconheceram a importância do instrumento, mas divergiram sobre o peso das redes sociais na campanha.
Para Branco, “a internet pode ser decisiva no processo político eleitoral na medida em que ela forma opinião e argumentos”. Na avaliação do coordenador da campanha do PT, a internet muda a qualidade do debate e da democracia. “Milhões de cidadãos que não participavam do debate político eleitoral, com sua voz, seu texto, seu vídeo, vão ter essa oportunidade pela primeira vez.”
A opinião do coordenador da campanha do PSDB, no entanto, é de que a “internet faz parte da vida das pessoas”, mas a briga política, em sua visão, ocorre realmente “na rua, com as pessoas de verdade”. “É uma falácia acharmos ou defendermos a ideia de que essa é uma eleição da internet e de que ela vai ganhar a eleição”, afirmou Caruso.
Para Gil Castilho, diretora da Associação Brasileira de Consultores Políticos, a internet não vai ser determinante na campanha. “Haverá uma grande participação das pessoas que estão ligadas à internet, mas não acredito que ela seja determinante no processo eleitoral como um todo, principalmente nas campanhas majoritárias. Mas ela vai fazer ter um grande peso para a militância e a mobilização”. De acordo com ela, ao usar as redes sociais, os candidatos devem ser fiéis ao que são fora da rede. “É importante ter uma imagem nos meios digitais que esteja em consonância com a sua imagem real”, destacou.
A ideia dos candidatos, segundo os coordenadores, é de continuar a fazer uso das redes caso sejam eleitos, repetindo a atitude do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Agência Brasil
Um dos primeiros a aderir ao Twitter foi o candidato José Serra (PSDB). Há pouco mais de um ano, Serra dedica algumas horas de suas madrugadas conversando com os “twitteiros” (como são chamadas as pessoas conectadas ao Twitter). Os candidatos Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (P-SOL) também estão conectados a essa rede. Eles aproveitam o espaço para conversar com seus militantes e eleitores e para informar, por exemplo, em que cidade estarão ou para que veículo de imprensa darão entrevista.
A importância das redes sociais nas eleições presidenciais deste ano fez com que os partidos criassem uma coordenação especificamente sobre o assunto. No PT, o estrategista da campanha do partido na web é Marcelo Branco. No PSDB, o responsável é Sérgio Caruso. No PV, Nilson de Oliveira responde pela comunicação da campanha. E no P-SOL, partido em que ainda não foi estabelecida uma coordenação específica para a internet, Márcio Bento responde pela comunicação do partido em São Paulo. Com isso, os candidatos à Presidência já estão hoje, além do Twitter, no Orkut, no Facebook e no YouTube. Nenhum deles soube estimar quanto os partidos estão investindo ou gastando nessa área, mas todos ressaltaram a importância das redes sociais para as eleições deste ano.
“Para o P-SOL, que não vai ter o mesmo tempo de TV dos outros partidos e não vai ter financiamento de grandes empresas, bancos e empreiteiras, a internet passa a ser algo fundamental e estratégica porque pode ser um espaço com melhores condições de utilização. Temos expectativa de utilizar a internet como um espaço mais democrático e amplo”, disse Márcio Bento, em entrevista por telefone à Agência Brasil.
“O eleitor ganha mais um espaço de comunicação, a oportunidade de entrar em contato direto e sem intermediários com as campanhas e os candidatos. Acho que isso vai fazer com que o debate ganhe uma maior audiência, uma maior interação, uma maior troca de ideias, e vai enriquecer a formulação de todos os candidatos”, disse Nilson de Oliveira, em entrevista à TV Brasil.
Ao participarem de um evento na semana passada, em São Paulo, para discutir a questão da campanha eleitoral na web e as táticas para ganhar o voto do internauta, Marcelo Branco e Sérgio Caruso reconheceram a importância do instrumento, mas divergiram sobre o peso das redes sociais na campanha.
Para Branco, “a internet pode ser decisiva no processo político eleitoral na medida em que ela forma opinião e argumentos”. Na avaliação do coordenador da campanha do PT, a internet muda a qualidade do debate e da democracia. “Milhões de cidadãos que não participavam do debate político eleitoral, com sua voz, seu texto, seu vídeo, vão ter essa oportunidade pela primeira vez.”
A opinião do coordenador da campanha do PSDB, no entanto, é de que a “internet faz parte da vida das pessoas”, mas a briga política, em sua visão, ocorre realmente “na rua, com as pessoas de verdade”. “É uma falácia acharmos ou defendermos a ideia de que essa é uma eleição da internet e de que ela vai ganhar a eleição”, afirmou Caruso.
Para Gil Castilho, diretora da Associação Brasileira de Consultores Políticos, a internet não vai ser determinante na campanha. “Haverá uma grande participação das pessoas que estão ligadas à internet, mas não acredito que ela seja determinante no processo eleitoral como um todo, principalmente nas campanhas majoritárias. Mas ela vai fazer ter um grande peso para a militância e a mobilização”. De acordo com ela, ao usar as redes sociais, os candidatos devem ser fiéis ao que são fora da rede. “É importante ter uma imagem nos meios digitais que esteja em consonância com a sua imagem real”, destacou.
A ideia dos candidatos, segundo os coordenadores, é de continuar a fazer uso das redes caso sejam eleitos, repetindo a atitude do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Agência Brasil
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