Padre é preso dirigindo embriagado e nu
A Polícia Militar (PM) de Ibiporã prendeu, na madrugada deste domingo (16), o padre Silvio Andrei, 40 anos. O padre foi encontrado nu no veículo dele, um Fiat Idea, e foi detido em flagrante pelos crimes de ato obsceno, corrupção ativa e embriaguez ao volante. Antes da detenção, a PM recebeu uma denúncia de um rapaz que disse ter sido assediado pelo sacerdote. A Justiça de Ibiporã negou, no fim da tarde, o pedido de liberdade de Andrei, protocolado pelo advogado de defesa do religioso.
Segundo o investigador da Polícia Civil Arnaldo Silva, que atendeu a ocorrência, os policiais relataram que, durante a abordagem, o padre propôs fazer sexo oral com os PMs. Em seguida, ele teria oferecido dinheiro para ser liberado. Conforme o boletim de ocorrência, o sacerdote teria declarado: “Dou tudo o que tenho no bolso e arrumo mais”. No carro de Andrei, foi encontrada uma garrafa de água mineral que estava cheia de cachaça.
A prisão do padre Silvio Andrei levou dezenas de curiosos para frente da delegacia de Ibiporã. Entre fiéis católicos e curiosos, a pergunta era se “a história era verdadeira”. Para a dona de casa Olinda Godoy, 51 anos, tudo não passou de uma “armação” contra o sacerdote. No entanto, ela reconheceu que ele errou ao “beber demais”.
Se dizendo uma “fã” das pregações do religioso, a fiel afirmou que só sairia da porta da delegacia quando o padre deixasse o local. “Todo o ser humano é passível de erro. E o padre errou em beber demais. Vou dar o meu apoio a ele, só saio daqui quando ele for solto”, disse.
A dona de casa afirmou ainda que a prisão do padre não fará a perder a fé “nos ensinamentos dele”. “Gosto muito dele e não vai ser isso que vai diminuir a minha fé nas orações dele. Ele é uma pessoa muito abençoada e ficará provado que não houve nada desta história de assédio”, completou.
De acordo com o investigador, ao fazer a proposta de sexo para um dos policiais, o sacerdote não identificou que o soldado estava fardado. Silva ainda disse que, no momento da abordagem, o religioso se passou por professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Depois ele falou que era padre no estado de São Paulo. Na hora em que ele chegou, também não o reconheci. Somente quando estava fazendo o flagrante descobrimos que se tratava do padre Silvio Andrei”, contou.
Advogado defende o padre
O advogado de defesa do sacerdote, José Adalberto Cunha, relatou que Andrei celebrou um casamento, na noite do sábado (15), em Londrina. Na recepção, o pároco teria bebido duas taças de vinho e passado mal, pois estaria tomando remédios para depressão. “Quando ele saiu da festa, indo para o centro de Londrina, acabou se perdendo e foi parar em Ibiporã. No meio do caminho, Andrei passou mal e vomitou na batina. Por isso, retirou os paramentos”, declarou.
Cunha rebateu a denúncia de que o sacerdote teria assediado um rapaz. Ele foi enfático ao afirmar que “nenhuma vítima apareceu na delegacia”. “O Andrei parou para pedir uma informação de como voltava para Londrina, e só isso. Depois foi abordado pelos policiais. Mas, no boletim [de ocorrência] consta só o que os [policiais] militares. Não consta que ele foi algemado pelas mãos e pelos pés, e que foi agredido.”
Conforme o advogado, Andrei não se alimentou, chorou muito e está abalado com o fato. Ao ser questionado sobre a integridade física do padre, que já teria recebido ameaças de outros presos, Cunha disse que este fato não preocupa. “Ele está na sala do carcereiro e a segurança é a melhor possível. Ele se disse muito arrependido de ter bebido.”
Liberdade negada
No final da tarde, a Justiça de Ibiporã negou a liberdade do sacerdote. No documento apresentado pelo advogado à imprensa, o Ministério Público e o juiz Sérgio Aziz Neme afirmam que, mesmo se tratando de um padre, são necessários comprovantes de residência e profissional para a soltura. Cunha informou que entrará com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ), em Curitiba, ainda neste domingo (16), apresentando os documentos necessários. “Vamos tentar tirá-lo daqui [cadeia] o mais rápido possível.”
Silvio Andrei é sacerdote palotino há quase 10 anos. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, que pertence à Região Episcopal Sé da Arquidiocese de São Paulo.
Segundo o investigador da Polícia Civil Arnaldo Silva, que atendeu a ocorrência, os policiais relataram que, durante a abordagem, o padre propôs fazer sexo oral com os PMs. Em seguida, ele teria oferecido dinheiro para ser liberado. Conforme o boletim de ocorrência, o sacerdote teria declarado: “Dou tudo o que tenho no bolso e arrumo mais”. No carro de Andrei, foi encontrada uma garrafa de água mineral que estava cheia de cachaça.
A prisão do padre Silvio Andrei levou dezenas de curiosos para frente da delegacia de Ibiporã. Entre fiéis católicos e curiosos, a pergunta era se “a história era verdadeira”. Para a dona de casa Olinda Godoy, 51 anos, tudo não passou de uma “armação” contra o sacerdote. No entanto, ela reconheceu que ele errou ao “beber demais”.
Se dizendo uma “fã” das pregações do religioso, a fiel afirmou que só sairia da porta da delegacia quando o padre deixasse o local. “Todo o ser humano é passível de erro. E o padre errou em beber demais. Vou dar o meu apoio a ele, só saio daqui quando ele for solto”, disse.
A dona de casa afirmou ainda que a prisão do padre não fará a perder a fé “nos ensinamentos dele”. “Gosto muito dele e não vai ser isso que vai diminuir a minha fé nas orações dele. Ele é uma pessoa muito abençoada e ficará provado que não houve nada desta história de assédio”, completou.
De acordo com o investigador, ao fazer a proposta de sexo para um dos policiais, o sacerdote não identificou que o soldado estava fardado. Silva ainda disse que, no momento da abordagem, o religioso se passou por professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Depois ele falou que era padre no estado de São Paulo. Na hora em que ele chegou, também não o reconheci. Somente quando estava fazendo o flagrante descobrimos que se tratava do padre Silvio Andrei”, contou.
Advogado defende o padre
O advogado de defesa do sacerdote, José Adalberto Cunha, relatou que Andrei celebrou um casamento, na noite do sábado (15), em Londrina. Na recepção, o pároco teria bebido duas taças de vinho e passado mal, pois estaria tomando remédios para depressão. “Quando ele saiu da festa, indo para o centro de Londrina, acabou se perdendo e foi parar em Ibiporã. No meio do caminho, Andrei passou mal e vomitou na batina. Por isso, retirou os paramentos”, declarou.
Cunha rebateu a denúncia de que o sacerdote teria assediado um rapaz. Ele foi enfático ao afirmar que “nenhuma vítima apareceu na delegacia”. “O Andrei parou para pedir uma informação de como voltava para Londrina, e só isso. Depois foi abordado pelos policiais. Mas, no boletim [de ocorrência] consta só o que os [policiais] militares. Não consta que ele foi algemado pelas mãos e pelos pés, e que foi agredido.”
Conforme o advogado, Andrei não se alimentou, chorou muito e está abalado com o fato. Ao ser questionado sobre a integridade física do padre, que já teria recebido ameaças de outros presos, Cunha disse que este fato não preocupa. “Ele está na sala do carcereiro e a segurança é a melhor possível. Ele se disse muito arrependido de ter bebido.”
Liberdade negada
No final da tarde, a Justiça de Ibiporã negou a liberdade do sacerdote. No documento apresentado pelo advogado à imprensa, o Ministério Público e o juiz Sérgio Aziz Neme afirmam que, mesmo se tratando de um padre, são necessários comprovantes de residência e profissional para a soltura. Cunha informou que entrará com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ), em Curitiba, ainda neste domingo (16), apresentando os documentos necessários. “Vamos tentar tirá-lo daqui [cadeia] o mais rápido possível.”
Silvio Andrei é sacerdote palotino há quase 10 anos. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, que pertence à Região Episcopal Sé da Arquidiocese de São Paulo.
Gazeta do Povo
Edição:Washington Luiz
Edição:Washington Luiz
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