Obama decreta o fim da "doutrina Bush", mas não descarta uso da força
Agência Estado -
"O uso da força às vezes é necessário, mas vamos esgotar as possibilidades antes de recorrer à guerra, e cuidadosamente pesar os riscos e custos da ação, comparada à inação", diz o relatório.
O nova doutrina de segurança nacional dos EUA amplia o conceito de segurança para incluir aquecimento global, guerra cibernética e endividamento como ameaças, ao lado de terrorismo doméstico e proliferação nuclear.
A chamada "doutrina Obama" é uma ruptura drástica com a abordagem de George W. Bush, que pregava intervenções militares unilaterais. No relatório de Estratégia de Segurança Nacional, divulgado ontem, o presidente Barack Obama enfatiza a necessidade de agir com apoio de outros países e de instituições multilaterais, além de sublinhar a importância da diplomacia, em vez do militarismo.
Na doutrina Obama, a luta não é mais contra o terrorismo islâmico, como se definia no governo Bush. Obama determina de forma mais exata o adversário dos EUA: a Al-Qaeda e seus aliados. "Nosso inimigo não é o terrorismo, porque o terrorismo é uma tática", disse John Brennan, conselheiro da Casa Branca. "E nós não descrevemos nossos inimigos como islâmicos ou jihadistas."
No relatório, a Casa Branca reconhece a emergência de outras potências e as limitações dos EUA, "endurecidos pela guerra" e "punidos por uma crise econômica devastadora". Essa também é uma diferença marcante em relação a Bush, que não admitia a emergência de novas potências. "Precisamos encarar o mundo como ele é", afirma Obama na introdução do relatório.
A secretária de Estado Hillary Clinton apresentou a nova estratégia em evento e afirmou que os EUA não podem depender de uma "diplomacia militarizada". "Estamos saindo de uma forma mais direta de exercício do poder para uma mistura mais sofisticada e difícil de poder indireto e influência. Por isso, o chamado smart power não é apenas um slogan", disse Hillary.
O documento, de 52 páginas, é usado para estabelecer as prioridades do governo e comunicá-las ao Congresso, aos americanos, e aos estrangeiros. No relatório, Obama volta a prometer que fechará a prisão em Guantánamo, mas não especifica quando ou como.
Na doutrina Obama, não há menção a ataques preventivos, propostos por Bush. Mas Obama não exclui a possibilidade de iniciar um ataque contra um inimigo. "O uso da força às vezes é necessário, mas vamos esgotar as possibilidades antes de recorrer à guerra, e cuidadosamente pesar os riscos e custos da ação, comparada à inação", diz o relatório. Se for necessário agir, "vamos buscar amplo apoio internacional, trabalhando com instituições como a Otan e o Conselho de Segurança da ONU".
NOVAS DIRETRIZES
Ampliar a cooperação
Diplomacia multilateral e reconhecimento de uma nova ordem mundial, com a ascensão do G-20
Fim da guerra preventiva
Conter a violência extremista, sem ligá-la ao Islã, e reconhecer a Al-Qaeda e os radicais em território americano como os grandes inimigos dos EUA
Bem-estar econômico
Crescimento da economia e redução do déficit fiscal para garantir a segurança do país, além do uso de energia limpa
AE
"O uso da força às vezes é necessário, mas vamos esgotar as possibilidades antes de recorrer à guerra, e cuidadosamente pesar os riscos e custos da ação, comparada à inação", diz o relatório.
O nova doutrina de segurança nacional dos EUA amplia o conceito de segurança para incluir aquecimento global, guerra cibernética e endividamento como ameaças, ao lado de terrorismo doméstico e proliferação nuclear.
A chamada "doutrina Obama" é uma ruptura drástica com a abordagem de George W. Bush, que pregava intervenções militares unilaterais. No relatório de Estratégia de Segurança Nacional, divulgado ontem, o presidente Barack Obama enfatiza a necessidade de agir com apoio de outros países e de instituições multilaterais, além de sublinhar a importância da diplomacia, em vez do militarismo.
Na doutrina Obama, a luta não é mais contra o terrorismo islâmico, como se definia no governo Bush. Obama determina de forma mais exata o adversário dos EUA: a Al-Qaeda e seus aliados. "Nosso inimigo não é o terrorismo, porque o terrorismo é uma tática", disse John Brennan, conselheiro da Casa Branca. "E nós não descrevemos nossos inimigos como islâmicos ou jihadistas."
No relatório, a Casa Branca reconhece a emergência de outras potências e as limitações dos EUA, "endurecidos pela guerra" e "punidos por uma crise econômica devastadora". Essa também é uma diferença marcante em relação a Bush, que não admitia a emergência de novas potências. "Precisamos encarar o mundo como ele é", afirma Obama na introdução do relatório.
A secretária de Estado Hillary Clinton apresentou a nova estratégia em evento e afirmou que os EUA não podem depender de uma "diplomacia militarizada". "Estamos saindo de uma forma mais direta de exercício do poder para uma mistura mais sofisticada e difícil de poder indireto e influência. Por isso, o chamado smart power não é apenas um slogan", disse Hillary.
O documento, de 52 páginas, é usado para estabelecer as prioridades do governo e comunicá-las ao Congresso, aos americanos, e aos estrangeiros. No relatório, Obama volta a prometer que fechará a prisão em Guantánamo, mas não especifica quando ou como.
Na doutrina Obama, não há menção a ataques preventivos, propostos por Bush. Mas Obama não exclui a possibilidade de iniciar um ataque contra um inimigo. "O uso da força às vezes é necessário, mas vamos esgotar as possibilidades antes de recorrer à guerra, e cuidadosamente pesar os riscos e custos da ação, comparada à inação", diz o relatório. Se for necessário agir, "vamos buscar amplo apoio internacional, trabalhando com instituições como a Otan e o Conselho de Segurança da ONU".
NOVAS DIRETRIZES
Ampliar a cooperação
Diplomacia multilateral e reconhecimento de uma nova ordem mundial, com a ascensão do G-20
Fim da guerra preventiva
Conter a violência extremista, sem ligá-la ao Islã, e reconhecer a Al-Qaeda e os radicais em território americano como os grandes inimigos dos EUA
Bem-estar econômico
Crescimento da economia e redução do déficit fiscal para garantir a segurança do país, além do uso de energia limpa
AE
Comentários
Postar um comentário
Não divulgamos links.Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Momento Verdadeiro.