Caso Madeleine McCann completa três anos

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O desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann completa três anos nesta segunda-feira, mas seus pais garantem que, mesmo depois de as autoridades terem desistido das buscas, continuarão com os esforços para encontrá-la.

As autoridades responsáveis pelas investigações no Reino Unido e em Portugal, onde Madeleine desapareceu, foram encerradas. Gerry e Kate McCann, pais da menina, não têm intenção de abandonar a investigação privada, iniciada em setembro de 2007, mas estão em Portugal para reivindicar a reabertura oficial do caso e sua revisão - a Justiça do país o arquivou em julho de 2008.

"Nossos esforços estão centrados agora em trabalhar com as autoridades britânicas e portuguesas e dizer a elas que não deveriam se render", afirmou Gerry.

Imagens do que poderia ser Madeleine, que agora teria quase 7 anos, se encarregam de "lembrar as pessoas de que a investigação para encontrar Madeleine continua", disse recentemente a porta-voz da família McCann, Clarence Mitchell, à agência britânica "PA".

Então com 3 anos de idade, Madeleine foi vista pela última vez em 3 de maio de 2007 no apartamento que seus pais tinham alugado durante suas férias em Portugal.

O desaparecimento aconteceu enquanto Madeleine e seus dois irmãos gêmeos dormiam e seus pais jantavam com amigos em um restaurante do mesmo complexo onde estavam hospedados.

Ajudas e doações milionárias chegaram de todas partes para os McCann, mesmo depois de terem sido criticados por terem deixado seus filhos sozinhos no apartamento.

"Se pudéssemos voltar no tempo e mudar o que ocorreu, obviamente não teríamos os deixado sozinhos, mas não podemos. As pessoas têm que se colocar em nosso lugar", disse Gerry, de 41 anos, esta semana à rede de televisão britânica "GMTV".

Três anos depois, a incerteza sobre o paradeiro da menina continua, enquanto o casal McCann insiste que sua filha está viva.

Em carta divulgada nesta semana, a mãe de Madeleine assegura que ainda buscam a "peça-chave" que resolverá todo o mistério.

Dois sites, um blog e uma conta do Facebook se encarregam constantemente de divulgar imagens da menina. O casal McCann continua bancando os custos de uma linha telefônica aberta 24 horas por dia para atender qualquer depoimento.

"Não acho que seja correto que, como pais, tenhamos que dirigir a investigação. Certamente o faremos, mas nem todo mundo teve os mesmos recursos e apoio que tivemos para poder fazê-lo", declarou Gerry McCann à "GMTV".

Kate e Gerry eram médicos no Reino Unido antes do desaparecimento de sua filha. Agora, só ele exerce a profissão, isso depois de seis meses de completa dedicação à busca por Madeleine.

Depois que a Polícia portuguesa declarou os pais como suspeitos do desaparecimento de Madeleine após encontrar restos de sangue no apartamento e na chave do carro alugados pelo casal, os dois tentam conseguir "um novo tipo de normalidade", segundo a carta de Kate.

No dia do aniversário de Madeleine, 12 de maio, na data de seu desaparecimento ou no Dia das Mães, Kate McCann aproveita para se fazer ouvida.

Para a mãe de Madeleine, das três datas, "seu aniversário é o dia mais difícil para nós".

EFE

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