Rio de Janeiro – Mais de 2 mil famílias sem moradia

Reprodução
A frente fria que chegou ao Estado do Rio de Janeiro no começo da semana trazendo fortes chuvas que provocaram a morte de pelo menos 182 pessoas começava a causar ressaca na orla da capital fluminense, gerando ainda mais transtornos aos cariocas.

No litoral da capital fluminense, as ondas de entre quatro e cinco metros de altura interditaram uma das vias da Avenida Atlântica, em Copacabana, que foi tomada pela areia e pela água do mar. A ressaca também provocou a interdição do Aterro do Flamengo, outra via expressa que faz a ligação entre a zona sul e o centro da cidade.

O mar da Baía de Guanabara também está bastante agitado e a água invadiu parte da cabeceira da pista do Aeroporto Santos Dumont, prejudicando parcialmente as operações no local. A travessia de barcas e catamarãs entre Rio de Janeiro e Niterói também está afetada pelo mar agitado.

"A ressaca pode piorar ainda mais, porque a maré vai atingir o seu auge no início da tarde, então há mais riscos de mais areia e água invadindo as pistas", disse o oceanógrafo David Zee, ao ressaltar que um ciclone extratropical passou perto do litoral do Rio e aumentando o tamanho das ondas.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), autorizou a remoção compulsória de moradores de 158 locais que estariam em situação de emergência na cidade.

Nesta semana, Paes já havia anunciado que a prefeitura iria remover de 1.500 a 2 mil famílias da Rocinha e do Morro dos Prazeres. A remoção, segundo o prefeito será feita com ou sem o consentimento dos moradores.


Edição: Washington Luiz – Fonte:Reuters

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