Malária: Um milhão de mortes por ano

SAÚDE
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Um milhão de mortes que a malária, ou paludismo, provoca anualmente é o pretexto para, mais uma vez, se assinalar o Dia Mundial desta doença infecciosa aguda, que decorre amanhã. A data, instituída em 2007 pela Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), visa reconhecer o esforço global para garantir um efectivo combate da malária.

Esse esforço tem vindo a merecer verbas avultadas - em 2009 foram gastos 1,4 mil milhões de euros, ou seja 10 vezes mais que em 2004 -, mas as diligências continuam longe das necessidades.

Como nota a OMS, o fardo da malária é mais forte na África sub-sariana, onde são registados 90% dos 500 milhões de casos referenciados anualmente em todo o mundo, e afecta também a Ásia, sobretudo o Sudeste Asiático, a América Latina e ainda partes do continente europeu.

A malária ainda é a principal causa de morte em Angola com mais de oito mil vítimas em 2009, mas vão longe os mais de 38 mil casos mortais registados em 2001.

Já em Moçambique, o número de casos baixou 15% em 2009, para 4, 8 milhões, e 35% em 10 anos, mas continua a ser a principal causa de mortalidade no país. Em Cabo Verde a malária é uma doença endémica, mas o número de infectados é reduzido: em 2009, o arquipélago registou 61 casos.

O director do Centro de Malária de Lisboa lembra que existem "tratamentos efectivos" contra a epidemia, mas salienta que o sucesso dos programas depende sempre das condições estruturais dos países onde a doença é endémica.

EFE

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