A história do índio brasileiro de outra perspectiva

CULTURA
Reprodução
No Brasil, escravo não era sinônimo de negro africano. De acordo com Celso Furtado, na fase inicial da implantação da empresa açucareira, foi o trabalho escravo indígena que permitiu a produção de cana. Parece-nos, então, que os argumentos geralmente utilizados, tais como a inaptidão do índio brasileiro ao trabalho agrícola e sua indolência caem por terra. Ele foi escravizado em momentos específicos, constituindo a mão de obra básica da produção de açúcar.


“O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristãos?
- Não. Sou bravo, sou forte...” Oswald de Andrade



A reação dos autóctones * (indígenas) à colonização fez-se, muitas vezes, pelas armas, chegando a tornar-se sério perigo para as populações das capitanias do Maranhão, Espírito Santo e São Tomé.

Essa hostilidade tendia a crescer uma vez que o índio se via cada vez mais ameaçado no que dizia respeito a suas terras, crenças, rituais, enfim todo o seu mundo material e simbólico.

Ocorriam fugas, alcoolismos, homicídios como resposta à violência implantada pela colonização. O índio foi apresado no mato, imediatamente acorrentado e vendido como mercadoria barata aos proprietários. Iniciou-se aí a dizimação que permanece até hoje.

Dedicado aos grupos indígenas espalhados pelo continente brasileiro.

UM FELIZ DIA DO ÍNDIO.


Por: Washington Luiz - Fonte de pesquisa bibliográfica: História do Brasil-Luiz Koshiba

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