Mercado doméstico a coluna de sustentação durante a crise
Charge-Humor
A crise mundial que passou como uma “marolinha” pelo Brasil. Durante a turbulência que atingiu em cheio a indústria em 2008, foi vencida com uma boa estratégia de escoamento da mercadoria internamente, esse foi o grande trunfo por baixo da manga usado pelo governo, demonstrando que temos um grande mercado potencial até então pouco explorado, o mercado doméstico, a exemplo da China e Índia.
Essa foi a avaliação da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que destacou o mercado doméstico e inclusão social como principais fatores da economia brasileira durante o enfrentamento da crise.
Inicialmente, junto com a estabilidade econômica, o governo já vinha dando uma certa inflexão em termos de inclusão social a um processo que se baseou em três coisas: no Bolsa Família, em uma política de aumento do salário mínimo real e em um aumento do crédito.
O coordenador geral de Políticas Sociais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Arnando Barbosa de Lima Junior, e o assessor José Antônio Pereira de Souza, da mesma secretaria, disseram que em 2003 algumas coisas precisavam ser resolvidas, como o problema com o câmbio alto e a inflação preocupante.
"À medida que as coisas foram superadas, fez-se um ajuste nesses três fatores, que contribuiriam para alavancar o crescimento baseado no mercado doméstico e na inclusão social”, disse Pereira.
Os técnicos defendem que o crédito, a política de aumento do salário mínimo e a política de transferência de renda, combinados, permitiram um crescimento que não só reduziu a desigualdade, como provocou uma maior participação da indústria - produzindo bens de consumo de massa para um novo grupo que estava entrando no mercado de trabalho.
“Houve a nova classe média. Dado o acesso ao crédito e o aumento da renda familiar, eles puderam progressivamente consumir bens duráveis, ajudando a indústria . Isso é o resumo de como se deram as coisas nos últimos anos”, disse Lima.
“Houve a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico e dirigir boa parte da produção e dos investimentos para atender a esse público. Então, estabelece-se assim um chamado círculo virtuoso da economia nesse período”, explicou Pereira.
Outro indicador importante nesse sentido foi a redução do desemprego, que tem constantemente diminuído, e a formação de novas vagas, com empregos formais. “A gente vê que tem crescido [a oferta de empregos formais] e que dá uma série de benefícios para o trabalhador, ajudando a reduzir a desigualdade e a disparidade de renda do país, além de uma série de políticas inclusivas."
Lima Junior defende, ainda, que houve uma redução da vulnerabilidade social . Na verdade passou a existir, com a rede de proteção social, um “colchão contra choques externos”, uma vez que a demanda doméstica sustentou o crescimento, embora tenha sido registrado um crescimento quase nulo no ano passado.
Quanto à questão do emprego, os técnicos observam que um dos fatores mais importantes tem a ver com a formalização, pois além da carteira assinada, os dados também indicam ocupações de melhor qualidade.
“Então, concomitantemente com o aumento da renda, você tem um maior acesso da população a uma rede de proteção social, com seguro-desemprego, salário maternidade, essas coisas todas”, disse Pereira
Edição e comentários: Washington Luiz / Fonte: ABr.
Essa foi a avaliação da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que destacou o mercado doméstico e inclusão social como principais fatores da economia brasileira durante o enfrentamento da crise.
Inicialmente, junto com a estabilidade econômica, o governo já vinha dando uma certa inflexão em termos de inclusão social a um processo que se baseou em três coisas: no Bolsa Família, em uma política de aumento do salário mínimo real e em um aumento do crédito.
O coordenador geral de Políticas Sociais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Arnando Barbosa de Lima Junior, e o assessor José Antônio Pereira de Souza, da mesma secretaria, disseram que em 2003 algumas coisas precisavam ser resolvidas, como o problema com o câmbio alto e a inflação preocupante.
"À medida que as coisas foram superadas, fez-se um ajuste nesses três fatores, que contribuiriam para alavancar o crescimento baseado no mercado doméstico e na inclusão social”, disse Pereira.
Os técnicos defendem que o crédito, a política de aumento do salário mínimo e a política de transferência de renda, combinados, permitiram um crescimento que não só reduziu a desigualdade, como provocou uma maior participação da indústria - produzindo bens de consumo de massa para um novo grupo que estava entrando no mercado de trabalho.
“Houve a nova classe média. Dado o acesso ao crédito e o aumento da renda familiar, eles puderam progressivamente consumir bens duráveis, ajudando a indústria . Isso é o resumo de como se deram as coisas nos últimos anos”, disse Lima.
“Houve a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico e dirigir boa parte da produção e dos investimentos para atender a esse público. Então, estabelece-se assim um chamado círculo virtuoso da economia nesse período”, explicou Pereira.
Outro indicador importante nesse sentido foi a redução do desemprego, que tem constantemente diminuído, e a formação de novas vagas, com empregos formais. “A gente vê que tem crescido [a oferta de empregos formais] e que dá uma série de benefícios para o trabalhador, ajudando a reduzir a desigualdade e a disparidade de renda do país, além de uma série de políticas inclusivas."
Lima Junior defende, ainda, que houve uma redução da vulnerabilidade social . Na verdade passou a existir, com a rede de proteção social, um “colchão contra choques externos”, uma vez que a demanda doméstica sustentou o crescimento, embora tenha sido registrado um crescimento quase nulo no ano passado.
Quanto à questão do emprego, os técnicos observam que um dos fatores mais importantes tem a ver com a formalização, pois além da carteira assinada, os dados também indicam ocupações de melhor qualidade.
“Então, concomitantemente com o aumento da renda, você tem um maior acesso da população a uma rede de proteção social, com seguro-desemprego, salário maternidade, essas coisas todas”, disse Pereira
Edição e comentários: Washington Luiz / Fonte: ABr.
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