Perigo oculto nas estradas

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Muitos não imaginam mais o que vou revelar agora é assustador. Um motorista de uma conceituada empresa de ônibus interestadual me contou que já está a duas noites virado, ou seja, sem dormir. Segundo o motorista durante o carnaval é comum a empresa disponibilizar carros extras para atender a demanda, e como alguns colegas faltam o serviço nessa época, ele aproveita para reforçar seu salário com a dobra de serviço.

Amigo leitor, não estou aqui para julgar o mérito da questão, mas para fazer um alerta em relação a jornada excessiva de trabalho desses profissionais. O que quero chamar a atenção é para o que esse profissional foi capaz de fazer para se manter ativo. Fazendo uso de um medicamento que inibe o sono muito conhecido pelos caminhoneiros como “rebite”, o remédio é encontrado facilmente em farmácias, mas só pode ser vendido com apresentação de receita médica. Porém é facilmente conseguido clandestinamente. O “rebite” contém elementos psicoativos que atuam no cérebro e ajudam a combater o sono no volante. O uso indiscriminado desse medicamento põe em risco a vida do motorista e muitas pessoas, que apelam para os remédios para dirigirem por mais tempo. Acontece que por lei, os condutores profissionais deveriam trabalhar no máximo sete horas por dia. Entretanto, a realidade é bem diferente.

È obrigação da empresa oferecer segurança ao cliente, mas como a fiscalização é precária e não deveria ser, o motorista acuado e precisando do emprego se vira. Com isso centenas de vidas estão correndo risco. E como não é fácil para o passageiro identificar se o motorista está apto para conduzir o veículo, a única alternativa de segurança que lhe resta é não esquecer de usar o cinto.


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