Uma praga que ganha força no Brasil


Na disputa pela vida o homem se vê ameaçado por outra espécie, muito mais esperto. Vamos falar dessa ameaça, que silenciosamente cerceia nossos lares. Muitas vezes despercebidos eles invadem nosso espaço. De acordo com os especialistas o assunto é complexo e pouco divulgado, muitos não sabem mais nos grandes centros urbanos, hoje existem 15 ratos/habitante, sendo a média nacional de 8. Sua existência é paralela à civilização de um povo, e no Brasil ele vive até 2 anos.

Esse é um problema que requer muita atenção das autoridades, e também da sociedade para ser controlado. Acondicionamento correto do lixo; dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor recolher; nunca jogar lixo a céu aberto; acondicionamento correto de alimentos; inspeção periódica de locais que possam servir de abrigo e material que adentre ao ambiente; vedar frestas ou vãos; colocar telas, grelhas, ralos do tipo abre-fecha, sacos de areia; evitar acúmulo de materiais inservíveis; manter terrenos baldios limpos e murados; manter limpas as instalações de animais domésticos; educação da comunidade envolvida.

Para nosso conhecimento um casal de ratos na idade de seis à sete meses, já produziu uma média de quarenta novos indivíduos, levando-se em consideração fatores limitantes como alimento disponível e doenças. Acabar com eles requer habilidades técnicas, pois são extremamente cautelosos. Quando entram em contato com objetos ou alimentos recém introduzidos em sua área, enviam os doentes e os idosos do seu grupo para testar o novo produto, depois de algum tempo, se não houver perigo, consomem o produto, por isso nenhum raticida pode ter efeito fulminante, pois seriam facilmente identificados e não consumidos. Por isso é proibido à utilização de "chumbinho".

O uso de venenos deve ser feito por pessoas capacitadas na manipulação dos mesmos e que conheça as técnicas de aplicação, uma vez que o uso descontrolado pode contribuir para o aumento da população em vez de controlá-los.

Caso o homem intervenha nesse equilíbrio e consiga eliminar 4 indivíduos dessa colônia. As fêmeas gerarão 20 pequenos ratos, que vão se alimentar da porção de comida dos 4 adultos eliminados, haverá competição direta entre esses 20 filhotes que vão disputar a vaga em aberto na colônia, recompondo o número original, onde os 4 mais fortes tentam eliminar os 16 outros jovens mais fracos, porém esses 16 já não são tão desprotegidos. Nem tão inábeis e assim salvam suas vidas fugindo do território e vão habitar as áreas contíguas, estabelecendo novas colônias, dessa forma ao invés da colônia anterior de 10 indivíduos, depara-se com 26 ratos. Enfim, conseguem sobreviver e dar continuidade à espécie em qualquer ambiente, devido a sua extraordinária adaptabilidade.

Seus rastros de destruição estão aí, atualmente os ratos e suas pulgas espalham diversos tipos de doenças como : tifo, febre da mordida, leptospirose, hantavírus, triquinose, salmonelose e outras. Além de serem responsáveis por 30% dos incêndios em instalações industriais e comerciais de causas não definidas.

O mais correto é uma conscientização coletiva, na observação e fiscalização de seu habitat, acionar os órgãos responsáveis por esse controle e mudar os hábitos. Do contrário eles vão dominar nosso espaço.

Edição e comentários: Washington Luiz / Fonte: Ambiente Brasil

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