Beleza negra busca seu espaço na mídia
Olá amigos Deus abençoe a todos! E na busca desse espaço há um perigo oculto. Sou um afrodescendente e concordo que devemos buscar nossos direitos, como qualquer cidadão, principalmente no que tange a formação intelectual. Mas é preciso observar que forçando a barra desse jeito o que iremos é fazer uma imposição, e, em minha opinião não é usando da vantagem de ser negro que vamos chegar lá. É preciso sim criar oportunidades iguais para todos, sem demagogia.
Mais negros na televisão, em revistas e em ensaios de moda. Além de valorizar a diversidade brasileira, a proposta é fazer com que os negros também sejam vistos como modelos de beleza pela sociedade, ao lado de outros padrões estéticos. Formas de provocar mudanças capazes de favorecer essa visão foram temas do Seminário de Estética e Negritude no Brasil Contemporâneo, hoje (14), no Rio de Janeiro.
“Falta sensibilidade dos donos da mídia no Brasil para que abandonem o conceito estético europeu”, afirmou o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, na abertura do evento, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). “A maioria da população brasileira é de negros, mas vivemos em uma cultura onde esse padrão estético não é estimulado.”
Durante o seminário, a doutora em filosofia Helena Teodoro explicou que, devido a um processo histórico de dominação cultural, os próprio negros não conseguem perceber que, muitas vezes, estão “valorizando a estética do outro”. “Os valores colocados se relacionam com alguma coisa que está fora de você [negros]”.
Segundo Helena, as origens da desvalorização da estética da negritude decorre de uma série de teorias e ciências que se originaram na Europa, durante o processo colonizador e que classificaram outras culturas como inferiores. “Essas estéticas [africanas] foram consideradas menores por muito tempo”, explicou.
Para reverter essa situação, Helena sugere uma melhor divulgação sobre o processo civilizatório no país, a diáspora e a cultura negra, com foco na religiosidade. “Isso é básico e fundamental”, afirmou. “Temos um modelo em que a religião não está apartada do resto, como na tradição judaico cristã”.
O antropólogo da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julio Tavares, que também participou do debate, lembrou que as teorias derivadas da eugenia (ciência que pesquisa o aprimoramento genético da espécie humana) ainda predominam no contexto atual e são espalhadas cotidianamente pelos veículos de comunicação e pela indústria cultural, responsáveis por difundir modelos de beleza na sociedade.
Para acelerar mudanças que favoreçam a estética do negro, Tavares defende ações afirmativas nas produções de filmes, novelas e seriados, como é feito nos Estados Unidos. “Não pode ser só uma mudança quantitativa, mas de representação de formas diferentes do belo. Não é apresentar simplesmente mais negros, mas modelos estéticos diferenciados”, disse ele.
O Encontro de Arte Negra – Seminário de Estética e Negritude no Brasil Contemporâneo reúne artistas, intelectuais e estudantes. O encontro vai até a próxima quarta-feira (16), com uma série de debates na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro da capital fluminense.
E você amigo(a) leitor(a) o que acha?
Edição: Washington Luiz / Fonte:EBC
Mais negros na televisão, em revistas e em ensaios de moda. Além de valorizar a diversidade brasileira, a proposta é fazer com que os negros também sejam vistos como modelos de beleza pela sociedade, ao lado de outros padrões estéticos. Formas de provocar mudanças capazes de favorecer essa visão foram temas do Seminário de Estética e Negritude no Brasil Contemporâneo, hoje (14), no Rio de Janeiro.
“Falta sensibilidade dos donos da mídia no Brasil para que abandonem o conceito estético europeu”, afirmou o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, na abertura do evento, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). “A maioria da população brasileira é de negros, mas vivemos em uma cultura onde esse padrão estético não é estimulado.”
Durante o seminário, a doutora em filosofia Helena Teodoro explicou que, devido a um processo histórico de dominação cultural, os próprio negros não conseguem perceber que, muitas vezes, estão “valorizando a estética do outro”. “Os valores colocados se relacionam com alguma coisa que está fora de você [negros]”.
Segundo Helena, as origens da desvalorização da estética da negritude decorre de uma série de teorias e ciências que se originaram na Europa, durante o processo colonizador e que classificaram outras culturas como inferiores. “Essas estéticas [africanas] foram consideradas menores por muito tempo”, explicou.
Para reverter essa situação, Helena sugere uma melhor divulgação sobre o processo civilizatório no país, a diáspora e a cultura negra, com foco na religiosidade. “Isso é básico e fundamental”, afirmou. “Temos um modelo em que a religião não está apartada do resto, como na tradição judaico cristã”.
O antropólogo da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julio Tavares, que também participou do debate, lembrou que as teorias derivadas da eugenia (ciência que pesquisa o aprimoramento genético da espécie humana) ainda predominam no contexto atual e são espalhadas cotidianamente pelos veículos de comunicação e pela indústria cultural, responsáveis por difundir modelos de beleza na sociedade.
Para acelerar mudanças que favoreçam a estética do negro, Tavares defende ações afirmativas nas produções de filmes, novelas e seriados, como é feito nos Estados Unidos. “Não pode ser só uma mudança quantitativa, mas de representação de formas diferentes do belo. Não é apresentar simplesmente mais negros, mas modelos estéticos diferenciados”, disse ele.
O Encontro de Arte Negra – Seminário de Estética e Negritude no Brasil Contemporâneo reúne artistas, intelectuais e estudantes. O encontro vai até a próxima quarta-feira (16), com uma série de debates na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro da capital fluminense.
E você amigo(a) leitor(a) o que acha?
Edição: Washington Luiz / Fonte:EBC
Bem, esta situação é polemica à muitos e muitos anos atras ou mesmo decadas atras, o negros era tratados como escravos, o que na nova sociedade ao longo dos anos isso veio a desvenecer-se e ainda bem k assim foi, nao podemos esteriotipar quem quer k seja pela cor da pele e ate mesmo pela religiao e clube futebolistico.. hoje em dia a beleza está na pessoa, na sua essencia e nao na cor da ua pele..
ResponderExcluirConcordo, mas em relação a forma como se quer conquistar o espaço é que não concordo. Pois se não queremos mais viver sob o julgo do preconceito como vamos exigir, temos é que conquistar.
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