Alcoolismo Juvenil um mal em ascensão



O tempo passa rápido e logo vem à adolescência, uma época de novas descobertas e busca da independência social. Nada de anormal nisso, se não fosse o número crescentes de alcoólatras juvenis. Infelizmente, deixou de ser mal visto pela sociedade o consumo precoce do álcool em nossos dias. Os motivos diversos e a facilidade de aquisição o tornam mais perigoso de todas as drogas, no Brasil.

Vejam que ao mesmo tempo em que a lei brasileira define como proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos (Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996). É prática comum o consumo de álcool pelos jovens – seja no ambiente domiciliar, seja em festividades, ou mesmo em ambientes públicos.

A sociedade como um todo adota atitudes paradoxais frente ao tema: por um lado condena o abuso de álcool pelos jovens, mas é tipicamente permissiva ao estímulo do consumo por meio da publicidade.

De acordo com o secretário de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Marco Antonio Bessa, medidas restritivas deveriam ser adotadas para reduzir essa exposição que induz ao consumo. “No Reino Unido, por exemplo, não se pode vender bebida alcoólica em qualquer lugar. Para uma pessoa ter um bar e vender bebida alcoólica tem que ter uma licença especial”, disse.

Segundo Bessa, a venda de bebidas alcoólicas, em alguns locais, contradiz a própria campanha do governo do motorista não dirigir alcoolizado. “No Brasil chega-se ao absurdo de se vender e consumir bebida alcoólica em posto de gasolina, o que é um contrassenso, uma coisa completamente estapafúrdia”, afirmou.

Estamos diante dessa questão bem controversa, até porque o consumo de bebidas alcoólicas faz parte da nossa cultura. Ele é aceito e freqüentemente reforçado. O problema surge quando alguém passa do ponto, exagera na dose e... Após aquela euforia, desinibição e maior facilidade para falar começam os chamados efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Ou, pior, quando o excesso do álcool é tanto que leva ao coma.

A verdade é que vários fatores contribui como, por exemplo: o preço da bebida alcoólica é muito importante no início do consumo e também em um consumo mais pesado.

A adoção de políticas eficientes para a redução do consumo de álcool, no entanto, depende da capacidade da sociedade pressionar o Poder Público.. “O Estado só vai responder se a sociedade pressionar” Roberta Uchoa.

Edição: Washington Luiz / Fontes: Abr - Revista Ouse.


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