PADRONIZAÇÃO DA FABRICAÇÃO DE ROUPAS




Uma coisa que deve realmente ser aplicada com maior urgência, a padronização de fabricação de roupas, principalmente infantil.

Para facilitar o atendimento dos lojistas aos consumidores, reduzir desperdícios no processo produtivo e diminuir o número de trocas das peças no varejo, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em parceria com a Associação Brasileira de Vestuário (Abravest), está desenvolvendo projeto de padronização das roupas para o público infanto-juvenil-bebê. “Em vez da idade, as medidas corporais passarão a ser a referência”, adianta Roberto Yokomizo, coordenador do Departamento de Vestuário Infantil da Abravest.“Com certeza o País perde muitos negócios na exportação e erra muito na compra e venda dessas peças, tanto no atacado quanto no varejo”, avalia o coordenador.

Sem falar nas dificuldades que a falta de padronização das roupas acarreta ao comércio eletrônico (via internet), cada vez mais utilizado pelos consumidores. O segmento infanto-juvenil-bebê é responsável por 5% a 20% do faturamento do setor têxtil e vestuário nacional, segundo a Abravest.VestibilidadeA diversidade étnica e nutricional gera diferentes constituições físicas em cada região do País, tanto entre bebês, crianças e adolescentes quanto entre jovens e até adultos, segundo Yokomizo.
Por esse motivo, há grandes divergências entre os tamanhos das roupas infantis. “Nas regiões Norte e Nordeste, os tamanhos tendem a ser menores; no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, maiores”, informa.“A fita métrica não mente e não ofende”, afirma Maria Adelina Pereira, gestora do CB17, o Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT. “Estamos nos baseando no conceito de vestibilidade, isto é, no tamanho do corpo e seu conforto, em vez de tamanho por idade”, esclarece.

O conceito de tamanho por idade pode causar constrangimento ao consumidor, argumenta Adelina.Tabelas e graduações já utilizadas no mercado estão sendo coletadas em todas as regiões, explica a gestora do CB17. “Também estamos nos baseando em tabelas de pediatras e associações de pediatria”, acrescenta Yokomizo.

Ao padronizar os tamanhos pelas medidas corporais, a norma técnica da ABNT promete facilitar as vendas no mercado interno e a exportação e importação de roupas para o público infanto-juvenil-bebê. Quando em vigor, a norma beneficiará o comércio eletrônico desses produtos e, ainda, deverá reduzir o desperdício de materiais no processo produtivo.

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