O orelhão no Brasil.


Um utilitário que parece ter seu dias contados. Para conhecimento os primeiros TPs (telefones públicos), na área da CTB, foram instalados na cidade de Santos (São Paulo) a partir de março de 1934, com utilização de moedas de 400 réis. Em 1935, a antiga CTB instalou o primeiro posto público do Rio de Janeiro, na antiga Galeria Cruzeiro, hoje Edifício Avenida Central. Em 1945, devido à escassez dessas moedas, a Companhia modificou o dispositivo interno dos aparelhos que começaram a funcionar com duas moedas de 20 centavos. Essas caixas coletoras, a título de experiência, foram colocadas na Galeria Cruzeiro, no Rio de Janeiro.E hoje, os orelhões fazem parte da paisagem, oferecendo através da tecnologia de cartões telefônicos serviços de DDD (Discagem Direta à Distância), DDI (Discagem Direta Internacional) e ligações locais a cobrar, além de aparelhos comunitários voltados para o público de baixa renda (também recebe chamadas). Com a adesão dos aparelhos móveis pela maioria dos cidadãos, os TPs estão perdendo seu espaço. O vandalismo também é um grande aliado na falta de equipamentos. Convém lembrar que a economia que proporciona a comunicação através do Orelhão, seria um grande diferencial no bolso do brasileiro. Mas parece não interessar muito as responsáveis pelo telefone público. O que desanima sua utilização é a dificuldade de encontrar um orelhão (cabine em fibra de vidro, formato de concha e cor azul) funcionando corretamente. Fizemos um teste e saímos pela principal avenida de Campos dos Goytacazes e constatamos que muitos aparelhos não funcionavam, outros não reconheciam os cartões identificando-os como recusado. Enfim, como são muito distantes os aparelhos uns dos outros nessas localidades, o celular é mais usado e conseqüentemente gera maior lucratividade para empresas de comunicação. Será que o orelhão está com seu dias contados?

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