Viagem a Marte pode levar a danos cerebrais irreversíveis.
Milhares de pessoas já manifestaram o desejo de ir à Marte. Com avanço da tecnologia, surgiu a possibilidade deste sonho ser realizado em breve. Se depender da organização Mars One, por exemplo, um grupo pessoas deverá ter a oportunidade de visitar o "Planeta Vermelho" em 2022. Leia mais sobre esse projeto, aqui.
Mas há muitas coisas que precisam ser levadas em consideração antes deixar o planeta Terra. De acordo com informações da 'BBC', a viagem a Marte pode causar danos no cérebro. A reportagem cita um estudo da Universidade da Califórnia, divulgado na revista Science Advances, que sugere que a longa exposição a raios cósmicos pode causar danos significativos ao sistema nervoso central, resultando em sequelas semelhantes às sofridas por pessoas com demência. "Isso não é uma boa notícia para os astronautas que poderão ser escolhidos uma missão a Marte. Déficits de memória e a diminuição de atividades cerebrais, por exemplo, poderão afetar partes críticas da missão. E a exposição às partículas poderá provocar problemas cognitivos para o resto da vida", afirma Charles Limoli, coordenador do estudo.
Sobre raios cósmicos.
Raios cósmicos são formados por partículas de alta energia originadas no espaço e que viajam quase que na velocidade da luz. Cientistas acreditam que uma viagem a Marte, distante cerca de 226 milhões de quilômetros da Terra, duraria pelo menos nove meses. E os danos cerebrais poderiam ocorrer já durante a viagem.
Ida do homem a Marte é questão de tempo
Proteção impossível.
A equipe de Limoli fez testes com ratos, submetendo-os a sessões de irradiação num laboratório da Agência Espacial Americana (NASA) especializado em estudos com raios cósmicos.
A exposição a determinadas partículas resultou em inflamações no cérebro que dificultaram a transmissão de sinais pelos neurônios. Tomografias computadorizadas mostraram que a rede de comunicação cerebral foi prejudicada por danos a células nervosas chamadas dendritos - alterações que contribuíram para a redução de desempenho dos ratos em atividades ligadas ao conhecimento e à memória.
Tipos semelhantes de disfunções cognitivas são comuns em pacientes com câncer de cérebro que receberam tratamentos à base de radiação de prótons.
Segundo Limoli, defeitos cognitivos nos astronautas demorariam meses para se manifestar, mas o tempo de viagem para Marte seria suficiente para isso. O cientista ressaltou ainda que, embora os astronautas trabalhando na Estação Espacial Internacional por longos períodos também sejam atingidos por raios cósmicos, a intensidade do "bombardeio" é menor e eles ainda contam com um pouco de proteção da magnetosfera terrestre.
Nasa quer entender efeitos da radiação em astronautas.
O estudo da Universidade da Califórnia faz parte de um programa da Nasa que procura entender os efeitos da radiação espacial em astronautas e possíveis maneiras de mitigá-los.
Limoli sugere que a cápsula que levará os astronautas à Marte tenha escudos de proteção contra radiação mais reforçados em áreas usadas para descansar e dormir. No entanto, não existe proteção total contra as partículas.
Outra solução podem ser tratamentos preventivos para os astronautas, incluindo o uso de novas drogas. "Mas as pesquisas ainda estão em desenvolvimento", explica o cientista.
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Com informações da BBC.
Mas há muitas coisas que precisam ser levadas em consideração antes deixar o planeta Terra. De acordo com informações da 'BBC', a viagem a Marte pode causar danos no cérebro. A reportagem cita um estudo da Universidade da Califórnia, divulgado na revista Science Advances, que sugere que a longa exposição a raios cósmicos pode causar danos significativos ao sistema nervoso central, resultando em sequelas semelhantes às sofridas por pessoas com demência. "Isso não é uma boa notícia para os astronautas que poderão ser escolhidos uma missão a Marte. Déficits de memória e a diminuição de atividades cerebrais, por exemplo, poderão afetar partes críticas da missão. E a exposição às partículas poderá provocar problemas cognitivos para o resto da vida", afirma Charles Limoli, coordenador do estudo.
Sobre raios cósmicos.
Raios cósmicos são formados por partículas de alta energia originadas no espaço e que viajam quase que na velocidade da luz. Cientistas acreditam que uma viagem a Marte, distante cerca de 226 milhões de quilômetros da Terra, duraria pelo menos nove meses. E os danos cerebrais poderiam ocorrer já durante a viagem.
Ida do homem a Marte é questão de tempo
Proteção impossível.
A exposição a determinadas partículas resultou em inflamações no cérebro que dificultaram a transmissão de sinais pelos neurônios. Tomografias computadorizadas mostraram que a rede de comunicação cerebral foi prejudicada por danos a células nervosas chamadas dendritos - alterações que contribuíram para a redução de desempenho dos ratos em atividades ligadas ao conhecimento e à memória.
Tipos semelhantes de disfunções cognitivas são comuns em pacientes com câncer de cérebro que receberam tratamentos à base de radiação de prótons.
Segundo Limoli, defeitos cognitivos nos astronautas demorariam meses para se manifestar, mas o tempo de viagem para Marte seria suficiente para isso. O cientista ressaltou ainda que, embora os astronautas trabalhando na Estação Espacial Internacional por longos períodos também sejam atingidos por raios cósmicos, a intensidade do "bombardeio" é menor e eles ainda contam com um pouco de proteção da magnetosfera terrestre.
Nasa quer entender efeitos da radiação em astronautas.
Limoli sugere que a cápsula que levará os astronautas à Marte tenha escudos de proteção contra radiação mais reforçados em áreas usadas para descansar e dormir. No entanto, não existe proteção total contra as partículas.
Outra solução podem ser tratamentos preventivos para os astronautas, incluindo o uso de novas drogas. "Mas as pesquisas ainda estão em desenvolvimento", explica o cientista.
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Com informações da BBC.