O
juiz federal Flávio Roberto de Souza, o magistrado que mandou apreender os bens do
empresário Eike Batista, foi flagrado pelo jornal Extra, na manhã desta terça-feira, 24, ao volante do
Porsche Cayenne branco do empresário Eike Batista. O magistrado chegou com o veículo à
sede da 3ª Vara Criminal Federal, no Centro do Rio, às 10h22m, e entrou por um portão lateral da
sede da Justiça Federal, na Avenida Barão de Tefé. O
Porsche foi um dos apreendidos pela
Polícia Federal por ordem do próprio magistrado.
Ainda segundo a publicação, profissionais do jornal
Extra fizeram plantão na porta da 3ª Vara Federal Criminal, na Avenida Venezuela, após ser avisado de que o juiz estaria usando o veículo, e ao ser procurado por telefone após o flagrante, o juiz não explicou o motivo de estar dirigindo o carro apreendido.
"A ligação está ruim. Não estou te ouvindo" disse o magistrado que logo após, completou:
"Agora estou ouvindo, mas não posso falar pois estou numa reunião".
À
revista Veja, o juiz se defendeu e alegou que não havia vagas no
pátio da Justiça Federal para todos os carros apreendidos de
Eike. Ele disse que levou os dois veículos mais caros (o
Porsche e uma
Hillux) para a garagem do próprio prédio, e teria comunicado ao
Detran. Nesta terça-feira, de acordo com o juiz, os carros seriam levados de volta para o pátio,
onde ficariam expostos antes do leilão desta quinta-feira. Segundo o magistrado, a
Hilux que o motorista da
Vara Federal dirigia deu problema e teve de ser rebocada. O motorista era quem pegaria o
Porsche depois para levar à
Justiça Federal. Então ele, se dispôs a levar. O Porsche, no entanto, não vai a leilão nesta quinta-feira.
Em entrevista ao Extra, neste domingo, 22, o
juiz federal Flávio Roberto de Souza criticou os advogados do empresário, que tentam tirá-lo de um dos processos, garantindo que eles não vão fazê-lo sair “do sério” e afirmou:
“Vou esmiuçar a alma dele”.
Thor Batista, filho de Eike, disse apenas que espera que o pai seja julgado “com imparcialidade”: "Só espero que o meu pai seja julgado com imparcialidade, de uma maneira justa."
Com informações do jornal Extra