Papa chama de 'abominável' ataque à revista francesa Charlie Hebdo.
O ataque terrorista contra a revista Charlie Hebdo na França deixou ao menos 12 mortos e 10 feridos. A redação já tinha sido atacada após publicar uma charge de Maomé. O diretor do semanário satírico, Charb e três cartunistas estão entre mortos do ataque perpetrado esta manhã na sede da revista em Paris.
O advogado do jornal Charlie Hebdo, segundo a rádio France Info, foi quem divulgou o nome de quatro funcionários da revista mortos no ataque, são eles: Charb, Cabu, Wolinski e Tignous.
O presidente da França, François Hollande, fez um pronunciamento ao país e declarou luto de três dias. O presidente francês disse que o país deverá "responder a altura do crime que nos atinge" e pediu que a população francesa se una para enfrentar o episódio. François Hollande disse ainda que a segurança será reforçada nos locais públicos para evitar novas ameaças.
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Presidente da França François Hollande | Foto: Reuters/Philippe Wojazer |
O atentado
Na manhã desta quarta, dia 07, dois homens armados entraram no prédio em que fica a redação do semanário, atiraram em um dos funcionários e renderam o outro no segundo andar do prédio, onde acontecia a reunião de pauta dos funcionários da publicação. Lá, atiraram e mataram 10 pessoas, sendo 8 jornalistas, um convidado e um policial encarregado da segurança. Depois fugiram de carro, bateram em outro veículo e precisaram abandonar seu carro. Eles renderam um motorista e fugiram em outro carro. O número de suspeitos envolvidos no crime ainda é incerto e não foi confirmado pela polícia.
A imprensa internacional já informou que a polícia francesa procura três homens apontados como autores do atentado contra membros da redação da revista.
A imprensa internacional já informou que a polícia francesa procura três homens apontados como autores do atentado contra membros da redação da revista.
Ataque deve gerar aversão aos muçulmanos
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Homem exibe uma edição da Charlie Hebdo durante manifestação| Foto:Georges Gobet/AFP |
Em entrevista à GloboNews, a professora de História Árabe da USP Arlene Clemesha disse que o atentado pode ser um ataque de ‘lobos solitários’, ou seja, apenas dois homens, contra charges que satirizaram o profeta Maomé, mas que mesmo assim pode haver uma aversão maior à comunidade muçulmana na França. “Lamentavelmente, a tendência é de criminalização do conjunto, pelo crime de dois lobos solitários. O conjunto da população muçulmana, majoritariamente do norte da África - argelina, que está na França devido a um passado colonial francês – e outros imigrantes, deve ser criminalizado, hostilizado e marginalizado pelo ataque terrorista de dois homens”, explica a professora.
Vaticano chama de 'abominável' ataque contra jornal Charlie Hebdo
O papa Francisco se pronunciou sobre o ataque na França. O pontífice, que deve enviar uma mensagem de solidariedade ao acerbispo de Paris, chama de 'abominável' o ataque contra a revista Charlie Hebdo.
Um porta-voz da Santa Sé disse que foi um ato duplo de violência porque foi um ataque contra as pessoas e também contra a liberdade de imprensa.
Papas e cardeais também já foram retratados de maneira cômica e debochada por várias vezes na capa do "Charlie Hebdo". Em uma delas, o conclave foi alvo de piada em uma capa com Jesus Cristo.
Federação das Associações Muçulmanas repudia ataque em Paris
Em entrevista à GloboNews, Ali Hussein El Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, disse que os acontecimentos não tem nada a ver com os princípios islâmicos. "São princípios totalmente contrários à qualquer tipo de agressão. É uma religião de paz. É uma religião que sempre apregoa a liberdade de pensamento", afirmou El Zoghbi. "Ver o nosso islamismo sendo rotulados por uma minoria extremista é muito lamentável. Estamos com a dor dessas perdas de seres humanos", acrescentou.
A Al Azhar, mais prestigiada instituição do Islã sunita, classificou o ataque como criminoso. Em uma breve nota, a Al Azhar, cuja sede está em Cairo, afirmou que "o islã rejeita todo tipo de ato de violência", segundo a agência EFE.
*Reportagem de Washington Luiz /Com Agências.
Vaticano chama de 'abominável' ataque contra jornal Charlie Hebdo
O papa Francisco se pronunciou sobre o ataque na França. O pontífice, que deve enviar uma mensagem de solidariedade ao acerbispo de Paris, chama de 'abominável' o ataque contra a revista Charlie Hebdo.
Um porta-voz da Santa Sé disse que foi um ato duplo de violência porque foi um ataque contra as pessoas e também contra a liberdade de imprensa.
Papas e cardeais também já foram retratados de maneira cômica e debochada por várias vezes na capa do "Charlie Hebdo". Em uma delas, o conclave foi alvo de piada em uma capa com Jesus Cristo.
Federação das Associações Muçulmanas repudia ataque em Paris
Em entrevista à GloboNews, Ali Hussein El Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, disse que os acontecimentos não tem nada a ver com os princípios islâmicos. "São princípios totalmente contrários à qualquer tipo de agressão. É uma religião de paz. É uma religião que sempre apregoa a liberdade de pensamento", afirmou El Zoghbi. "Ver o nosso islamismo sendo rotulados por uma minoria extremista é muito lamentável. Estamos com a dor dessas perdas de seres humanos", acrescentou.
A Al Azhar, mais prestigiada instituição do Islã sunita, classificou o ataque como criminoso. Em uma breve nota, a Al Azhar, cuja sede está em Cairo, afirmou que "o islã rejeita todo tipo de ato de violência", segundo a agência EFE.