Mais 10 investigados na Operação Lava Jato se tornam réus no processo.
As negociações, segundo o depoimento de Camargo, foram realizadas dentro da Petrobras, em reuniões que tinham como intermediário Fernando Soares, o Fernando Baiano, outro denunciado à Justiça na segunda-feira (15). Ainda segundo o depoimento, para fechar a contratação de um navio Sonda, em 2006, Nestor Cerveró pediu a Júlio Camargo US$ 15 milhões para que pudesse "concluir a negociação em bom êxito".
O delator também disse que o esquema se repetiu no ano seguinte, na contratação de outro navio. Nessa operação, o pagamento de propina teria chegado a US$ 25 milhões. Nestor Cerveró foi diretor da área internacional da Petrobras de 2003 a 2008, no governo Lula. De acordo com as investigações, foi o doleiro Alberto Youssef quem se encarregou de dar aparência legal ao dinheiro da propina. Youssef é outro denunciado nesta parte do processo. Além da condenação dos investigados por corrupção e lavagem de dinheiro, o Ministério Público Federal pediu que R$ 296 milhões sejam devolvidos aos cofres públicos.
O juiz federal Sérgio Moro vai decidir se aceita ou não a denúncia.
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Outra denúncia, feita na semana passada pelo Ministério Público Federal, foi aceita pelo juiz Sérgio Moro. Inclui dez executivos das empreiteiras Galvão Engenharia e OAS investigados pela força tarefa da Operação Lava Jato. Entre os executivos que se tornaram réus estão o presidente da construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e o presidente da Galvão Engenharia, Dario de Queiroz Galvão. As duas denúncias incluem também o doleiro Alberto Youssef, o sócio de Youssef, Waldomiro de Oliveira, e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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Os 13 investigados que se tornam réus nesses processos vão responder por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso. Até agora, no total, já são 19 reús. Ainda serão analisadas pela Justiça Federal as denúncias contra 20 pessoas. A defesa de Nestor Cerveró negou que ele tenha praticado atos ilegais e declarou que a denúncia do Ministério Público Federal se baseia em ilações. A Toyo Setal, a OAS, a Galvão Engenharia e o advogado de Fernando Soares não quiseram se manifestar. O Jornal da Globo não conseguiu contato com os advogados de Paulo Roberto Costa e de Waldomiro de Oliveira. O advogado do doleiro Alberto Youssef disse que não foi oficialmente notificado. A defesa da petrobras preferiu não comentar as denúncias.
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Fonte: G1/ Jornal da Globo
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