Ao El Mercurio Dilma declara que "Brasil não vive crise de corrupção."

Em entrevista ao Grupo de Diários América (GDA), publicada neste domingo (22) pelo jornal "El Mercurio", do Chile, presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não vive "crise de corrupção", após ser questionada sobre se o escândalo na Petrobras pode afetar a estabilidade política necessária para o segundo mandato. "O Brasil não vive uma crise de corrupção, como dizem alguns. Nos últimos anos, começamos a pôr fim a um largo período de impunidade. Isso é um grande avanço para a democracia brasileira", disse a presidente.

Indagada sobre como é possível liderar uma campanha anticorrupção "séria" se o PT é o "protagonista" do escândalo da Petrobras, Dilma ressaltou que as suspeitas da Polícia Federal são de que o esquema na estatal começaram antes do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Como já disse, é a Polícia Federal do meu governo que conduz as investigações sobre a corrupção na Petrobras. Foram essas investigações que levaram ao desmantelamento de um esquema do qual se suspeita que tem décadas de existência, com anterioridade aos governos do PT", afirmou.

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A presidente disse também que no Brasil não há "intocáveis" e, como fez em diversas vezes nos últimos meses, defendeu as ações de combate à corrupção adotadas pelo governo e ressaltou ser um compromisso da atual gestão o combate à impunidade. "Quero ressaltar que somos nós, do meu governo, que temos liderado o processo contra a impunidade no Brasil, pondo fim a uma era de ilícitos que se ocultavam debaixo do tapete. Eu mesma despedi, três anos antes das investigações, o diretor [Paulo Roberto Costa] que confessou diante da Justiça a confirmação do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras", disse.

Na edição deste domingo, o jornal disse que a escolha, de Dilma como entrevistada, ocorreu antes do anúncio de Estados Unidos e Cuba da retomada das relações diplomáticas entre os dois países. A presidente concedeu a entrevista por ter recebido o prêmio "Personagem Latino-americana de 2014" pelo GDA – a publicação não explicita, porém, se o título seria dado a outra pessoa.

Dilma também foi questionada durante a entrevista sobre o anúncio feito por EUA e Cuba pela retomada das relações diplomáticas entre os dois países depois de 53 anos. A presidente afirmou que a aproximação terá impacto "forte e positivo" em toda a América Latina. "É uma expressão de que isso já poderá se constatar na Cúpula das Américas, em abril, no Panamá. O encontro e o aperto de mãos de [Raúl] Castro e [Barack] Obama será o símbolo de que algo novo está ocorrendo no nosso continente", disse.

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Momento Verdadeiro com informações do G1.

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