Para Aécio Neves, Dilma Rousseff é 'refém' de contradições.
Brasil - Os novos nomes da equipe econômica do governo são contraditórios ao discurso de Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral, afirmou o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), candidato derrotado à Presidência da República, nesta quinta-feira (27). Ontem o Palácio do Planalto anunciou Joaquim Levy como ministro da Fazenda e Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento. “As contradições, cada vez maiores, da presidente Dilma Rousseff sinalizam um governo sem planejamento, que não sabe a direção que vai tomar”, afirma Aécio em nota.
Durante a campanha eleitoral deste ano, a presidenta Dilma Rousseff fez diversas críticas ao economista Armínio Fraga, nome anunciado por Aécio Neves para assumir o Ministério da Fazenda caso ele vencesse as eleições presidenciais.
Conforme informou o portal da Globo, G1.globo.com, parlamentares do PSDB, Joaquim Levy estão mais alinhados ao que defendem os tucanos do que os petistas na área econômica. Além disso, o novo ministro comandou o Bradesco Asset Management. O discurso dos novos ministros, de acordo com Aécio, “contraria todas as teses defendidas pelo PT”.
Segundo a publicação, de forma irônica, Aécio chegou a dizer nesta terça-feira (25) que escolher Levy para a Fazenda é “como se um quadro da CIA fosse indicado para comandar a KGB", em referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética. Na nota desta quinta-feira, Aécio não cita diretamente o nome de Levy e diz que a presidente escolheu novos nomes da área econômica numa tentativa de acalmar o mercado e recuperar a credibilidade perdida. “Hoje, fica evidente que ela sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral. Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?”, afirmou.
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Aécio Neves questionou qual é o “verdadeiro rosto” do governo Dilma. “Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum", completou o senador.
Com que roupa eu vou? - “O governo lembra a música de Noel Rosa, 'Com que roupa eu vou?'. No caso, com que discurso o governo vai falar ao país? Com o falso discurso populista apresentado na campanha e pelo qual foi eleito? Com o da irresponsabilidade fiscal que afronta o Congresso? Com o defendido pelos novos ministros, que contraria todas as teses defendidas pelo PT?", questionou.
Com informações do G1
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