Sabatina do UOL/SBT: Crivella diz que não fez aliança com Garotinho.

Eleições 2014 -  O candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido Republicano Brasileiro, Marcelo Crivella, que é bispo licenciado da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), demostrou irritação ao ser questionado sobre sua posição em relação aos direitos dos homossexuais, em sabatina promovida pelo UOL e pelo SBT, nesta sexta-feira (17), e disse acreditar que a homossexualidade é um pecado, "porque a Bíblia diz".

Depois de afirmar que "numa democracia, cada um tem suas convicções", ele declarou que a discussão sobre a adoção de crianças por casais gays "tem que ser feita na sociedade". "Mas as pessoas não vão votar em mim com relação à minha posição sobre a adoção de crianças por casais gays. O que um governador tem a ver com uma matéria do Congresso Nacional? Um governador não resolve isso", afirmou. 

Crivella disse ainda que estava sendo alvo de preconceito dos jornalistas por ser um "candidato cristão". "Vocês só batem nessa tecla".

Ao ser instado a comentar a atuação de pastores evangélicos no Congresso em relação ao tema, Crivella afirmou que "todos são a favor de criminalizar a homofobia". O senador disse que os religiosos apenas lutam por um princípio da democracia: "que não se cerceie o direito da liberdade religiosa". "Os pastores tem que ter direito de pregar dentro das igrejas deles o que acreditam, desde que não ofendam, que não tenha violência".

Durante a entrevista, ele afirmou ainda que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que deixou o cargo em abril deste ano com alta rejeição, é "pai" do atual governador e candidato à reeleição,  Luiz Fernando Pezão (PMDB). "O Cabral é o pai do Pezão. O Pezão é o clone do Pezão. O povo na rua chama até de Cabrão", declarou.

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Sobre a IURD - O candidato, que é sobrinho do bispo Edir Macedo, líder da Iurd, foi questionado sobre um vídeo exibido na propaganda eleitoral de Pezão, veiculado no Jornal Nacional, da TV Globo, em 1995, que mostra o tio ensinando os pastores a arrecadar contribuições dos fiéis. Crivella defendeu a Universal afirmando que se tratavam de "imagens editadas, feitas por adversárias". "O senhor acha que a nossa gente sofrida, mas muito inteligente, estaria ao lado da igreja se houvesse esse tipo de problema? O que todo mundo viu é texto fora de contexto", respondeu.

Ainda sobre os ataques de Pezão, que em um debate neste segundo turno chamou a Iurd de partido político e insinuou que a Igreja estaria por trás do governo do candidato do PRB, ele afirmou que "existem leis contra isso". "É infantilidade pensar que eu misturaria política com religião", declarou.
Sobre Garotinho: Crivella destacou que não fez aliança e nem prometeu cargos ao ex-governador. "Ele me apoia", resumiu. "O homem público Garotinho tem virtudes e defeitos."
Fonte: UOL

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