Jornalista Foley foi decapitado por suposto membro inglês do Isis.


Membros da Aeronáutica e do Regimento Especial de Reconhecimento foram enviados pelo Reino Unido nas últimas 48 horas para uma operação que pode levar à captura do executor do jornalista norte-americano James Foley, decapitado por jihadistas do grupo Estado Islâmico (Isis), publicou a imprensa local neste domingo (24).    

De acordo com o jornal britânico "Sunday Times", os serviços de inteligência de Londres estão perto de identificar o executor de Foley, após análises do vídeo em que um jihadista do Isis aparece decapitando o norte-americano. O autor da execução seria um cidadão britânico, que é conhecido pelo apelido de "John".    

Apesar das autoridades não terem divulgado o nome do executor, a imprensa local indica que o principal suspeito é Abdel Majed Abdel Bary, um ex-rapper londrino de 23 anos que deixou a casa de sua família em um elegante bairro da capital, no ano passado, para combater ao lado de jihadistas na Síria e no Iraque. Os serviços de inteligência utilizaram sofisticados softwares de reconhecimento de voz, além de sistemas de mapeamento de território, para chegar até o suposto executor. No vídeo divulgado pelo Isis para anunciar a morte de Foley, o jihadista fala em inglês, com um forte sotaque britânico. 

De acordo com jornal "The Guardian", o executor faz parte de um grupo de jihadistas britânicos conhecidos como "The Beatles". Um ex-refém disse ao diário que o grupo é responsável pela gestão de prisioneiros internacionais. Em declarações ao jornal "Sunday Times", o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, prometeu "intensificar os esforços para monitorar, seguir, interceptar e prender quem comete atos terroristas no exterior e volta para a Inglaterra". "Devemos pará-los e impedir que continuem deixando o país para combater na Síria ou no Iraque", disse, por sua vez, a ministra britânica do Interior, Theresa May, em um artigo publicado neste domingo pelo jornal "Daily Telegraph". "Devemos usar todos os meios que as leis permitem para conseguir isso", destacou. O Isis divulgou no último dia 19 o vídeo com a morte de Foley, que estava desaparecido há dois anos. As imagens chocaram o mundo e fizeram países da Europa e os Estados Unidos articularem ofensivas contra o grupo islâmico, que tenta formar um califado.

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Fonte: Jornal do Brasil

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