|
("Criança aguarda por cirurgia de intestino há mais de dois anos"| Divulgação - RPCTV) |
O Artigo 196 da Constituição Federal de 1988 diz: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação."
Mas esse direito, infelizmente, ainda não tem sido garantido a todos os cidadãos brasileiros. De acordo com uma reportagem do telejornal "RPCTV" publicada nesta quarta, 21, no G1, portal de notícias da Globo, uma menina de três anos, que está internada no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, aguarda há mais de dois anos por um transplante de intestino. O médico responsável pelo caso, Miguel Agulhan, explicou que a menina tem síndrome do intestino curto e que o transplante não é realizado no Brasil. "Primeiro porque ela é muito pequena e segundo porque não existem experiências no país sobre esse tipo de transplante com ascensão". O custo para a realização do procedimento é alto, segundo Agulhan, e a família não tem condições financeiras para bancar.
|
("Criança aguarda por cirurgia de intestino há mais de dois anos"| Divulgação - RPCTV) |
Para tentar ajudar, o médico entrou com um pedido junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para garantir que os governantes assumam os custos do transplante, mas até as 8h30 desta quarta-feira (21), ele não tinha obtido uma resposta. A menina corre risco de morte, segundo ele.
De acordo com a publicação, um médico de um instituto de transplantes em Miami, nos Estados Unidos, também se solidarizou com o caso e se comprometeu a fazer o transplante sem cobrar os custos da equipe médica. Contudo, os gastos hospitalares não serão custeados.
O advogado da Comissão da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Martin Palma afirma que o direito à saúde é um dever do estado. "É um direito de todo cidadão. Já sabemos que há um tratamento em Miami que consegue realizar o procedimento e vamos buscar no Judiciário com todas as nossas armas para que o caso seja deferido". (Fonte: Portal G1).
Leia também: