Acusado de matar a mulher a marteladas foi à praia após o crime.
(Foto:Reprodução/Internet) |
O analista de sistemas Mário Henriques Lopes, acusado de matar Talita Juliane Peixoto Paiva, de 24 anos, a marteladas, entrou num táxi na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, cerca de oito horas após o crime. A informação é da coluna "Casos de Polícia", do jornal Extra.
Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu denúncia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vítima) e resistência, contra o analista de sistemas que é acusado de matar a mulher, Thalita Juliana Peixoto Paiva, a marteladas, na madrugada do dia 25 de junho, em Vila Isabel.
De acordo com o taxista que preferiu não se identificar, Mario aparentava ter usados drogas. "Acho que estava na praia. Assim que ele entrou no carro, notei que parecia ter usado drogas" - relembra o taxista. Mario Henrique não falava nada. Quando o motorista perguntava para onde ele gostaria de ir, apenas indicava, com gestos, para que seguisse em frente. Em determinado momento, o taxista resolveu perguntar para onde, afinal, o passageiro ia. Mario pediu que o motorista pegasse o Rebouças. "Estou com pressa", acrescentou. "Parei o carro e disse que não levaria ele mais. Aí, ele tentou me dar uma gravata, e disse que se eu fosse com ele, estaria a salvo. Desci do carro e chamei a polícia" - relata.
O analista de sistemas foi capturado por PMs do 19º BPM (Copacabana). No táxi, largou para trás o casaco e os tênis. Foi preso todo sujo de areia. Depois de saber quem era o passageiro, o taxista fez questão de jogar tudo fora. "Fiquei muito assustado" - relembra o taxista.
Relembre o caso: Vizinhos do casal ouviram gritos da jovem, durante a madrugada, pedindo socorro. Assustados, eles chamaram a polícia. PMs do 6º BPM (Tijuca) estiveram no prédio e bateram na porta do apartamento do casal, mas ninguém atendeu. Pela manhã, a porta da cozinha do imóvel estava aberta, e a polícia foi novamente chamada. Ao entrarem no local, os policiais encontraram Thalita morta a marteladas. Mário Henrique foi visto por uma vizinha saindo do prédio a pé, após a ida da PM ao edifício. Ele tornou-se o principal suspeito do crime. Mário e Thalita estava casados há menos de um mês.
De acordo com relatório da Divisão de Homicídios (DH), no dia do crime, havia “sinais de luta corporal e objetos quebrados” no apartamento do casal. Mário foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e com recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vítima) e resistência. Na denúncia, promotor Marcos Kac é categórico: "O homicídio foi cometido foi cometido por motivo fútil, ou seja, ciúmes do acusado em relação à vítima fatal".
Defesa: A defesa de Mário tenta provar que ele tem problemas mentais e não tinha condições de responder pelos seus atos. Caso seja comprovado que o réu tem transtornos psiquiátricos, ele não será julgado pela morte da esposa, e ficará no manicômio, só sendo liberado se apresentar melhora em seu quadro. Até que isso aconteça, Mário Henrique fica preso. Se a defesa não comprovar o problema, o acusado vai a julgamento pelo crime. (*) Com informações são da coluna "Casos de Polícia", do jornal Extra.